A filosofia como ascese de si no pensamento de Michel Foucault e Pierre Hadot
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Filosofia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23174 |
Resumo: | Esta dissertação pretende mostrar como a noção de ascese, presente nos exercícios espirituais de Pierre Hadot, contribui para o esclarecimento das modificações realizadas na pesquisa foucaultiana a respeito da vida. A temática em torno da vida está presente em todo o percurso do projeto arqueo-genealógico de Michel Foucault e revela o eixo da articulação entre os seus estudos sobre o dispositivo biopolítico e as formas de governamentalidade. Tais estudos, embora metodologicamente distintos, não são desvios que revelam uma mudança de interesse pelas questões políticas, mas sim o quanto tais abordagens precisam ser articuladas com os debates suscitados pelos problemas éticos. Sendo assim, as investigações sobre o conjunto das práticas antigas em torno das relações que o sujeito mantém com a verdade, que são assuntos presentes em seus últimos trabalhos, ao invés de obscurecerem ou diminuírem o debate sobre o exercício do poder em nossas sociedades, demonstram a via pela qual podemos a ele resistir e transformar os seus efeitos deletérios: a saber, a via do sujeito ativo. Ele é o real agente de transformação, não pela violência, e sim através do esclarecimento e da autoformação, dessas realidades produzidas por um determinado modo de exercício do poder. Essa noção de sujeito ativo busca contribuir para que, em nossas sociedades, a vida não seja considerada como um objeto de consumo ou um fardo a ser levado. Ela pode ser considerada de forma cada vez mais criativa, tornando os indivíduos capazes de dar estilo a sua própria existência. A educação é tratada, aqui, como um modo de se compreender e de viver uma nova concepção de ascese. |