Redes de sociabilidade: ocupações licitas e egressos da prisão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Pinto, Roseni Inês Marconato lattes
Orientador(a): Silva, Lenir Aparecida Mainardes da lattes
Banca de defesa: Frasson, Antonio Carlos lattes, Gonzaga, Carlos Alberto Marçal lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais Aplicadas
Departamento: Setor de Ciências Sociais Aplicadas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/2900
Resumo: Esta pesquisa surgiu da inquietação sobre quais são as redes de sociabilidade que permitem ao egresso do sistema prisional beneficiado pelo livramento condicional obter ocupação lícita após sair da prisão. E que ocupações lícitas são obtidas por estes egressos. Assim, objetiva analisar as redes de sociabilidade acessadas pelos egressos do sistema prisional, com o intuito de atender o Art. 132, § 1º da Lei de Execução Penal que é “obter ocupação lícita, dentro de prazo razoável se for apto para o trabalho”. Trata-se de uma pesquisa quali-quantitativa, cujas aproximações com a temática se efetivaram através da pesquisa bibliográfica e documental, com o intuito de contextualizar o sistema punitivo e prisional brasileiro, aspectos pertinentes à execução da pena de prisão e o livramento condicional. Também se apresenta um perfil das pessoas privadas de liberdade no Brasil, no Paraná e em Ponta Grossa/PR. A aproximação com a realidade dos egressos do sistema prisional se efetivou através da pesquisa de campo, com a realização de entrevista semi estruturada junto a egressos beneficiados pelo livramento condicional da comarca de Ponta Grossa, no período de setembro de 2015 a setembro de 2016. A sistematização dos dados coletados permitiu identificar as categorias empíricas: drogas; religião; preconceito/ discriminação/ tornozeleira eletrônica; ocupações obtidas; e redes de sociabilidade que permitiram acesso aos egressos a tais ocupações. A análise dos dados empíricos demonstrou que as ocupações lícitas obtidas pelos egressos entrevistados foram viabilizadas através de suas redes de sociabilidade, centradas principalmente na família, parentesco, amigos/conhecidos, empresas e igreja. Assim, em decorrência da ausência do Estado em fornecer o apoio necessário para obtenção de ocupação lícita, são as redes de sociabilidade dos egressos do sistema prisional, centradas na família, amizades, empresas e igreja que lhes possibilitam conseguir ocupação lícita exigida pela Lei de Execução Penal.