Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Machado, Caroline Regina Dias
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Orientador(a): |
Vicari, Marcelo Ricardo
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Banca de defesa: |
Noleto, Rafael Bueno
,
Ziemniczak, Kaline
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Ponta Grossa
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas
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Departamento: |
Departamento de Biologia Geral
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3196
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Resumo: |
As tartarugas marinhas representam um componente primitivo e singular da diversidade biológica, pertencendo à mais antiga linhagem de répteis vivos e sendo parte importante dos ecossistemas marinhos. Neste momento evolutivo são reconhecidas sete espécies de tartarugas marinhas no mundo, sendo que cinco delas ocorrem no litoral brasileiro, as quais são: Dermochelys coriacea, única representante da família Dermochelydae, e as outras quatro espécies pertencem à família Cheloniidae: Caretta caretta, Chelonia mydas, Eretmochelys imbricata e Lepidochelys olivacea, sendo as três últimas alvo desse estudo. Nos últimos 20 anos a genética molecular tem desempenhado grande papel na conservação das tartarugas marinhas, porém tem se focado no uso de marcadores moleculares apenas para observar padrões de migração e diversidade genética dos indivíduos. Estudos citogenéticos com espécies de tartarugas são escassos e voltados apenas para tartarugas de água doce com interesse comercial. As espécies de tartarugas marinhas que ocorrem na costa brasileira são todas ameaçadas de extinção e consideradas espécies bandeira para conservação da biodiversidade. No entanto, não existem estudos citogenéticos para C. mydas, E. imbricata e L. olivacea do litoral brasileiro, tornando-se necessário estudos de citogenética clássica e molecular mais aprofundados para essas espécies com foco na evolução cariotípica do grupo, destacando a importância desse estudo como pioneiro para as espécies. Sendo assim, objetivou-se a avaliação dos mecanismos cromossômicos responsáveis pela variação interespecífica em C. mydas, E. imbricata e L. olivacea amostradas em cativeiro e na natureza para o conhecimento da organização, evolução e diversidade cariotípica. Utilizou-se técnicas baseadas na coloração convencional por Giemsa, bandamento G e hibridação in situ fluorescente (FISH) com sonda de DNAr 18S e (TTAGGG)n. As três espécies estudadas apresentam 2n=56 cromossomos e pequenas variações tanto na fórmula cariotípica quanto na morfologia cromossômica e número de microcromossomos. O uso da sonda de DNAr 18S permitiu a identificação de apenas um par de microcromossomos detentor do sítio de DNAr nas três espécies, o qual está distribuído de maneira desigual entre o par demonstrando que mecanismos de crossing-over desigual atuaram na origem do heteromorfismo de tamanho deste cistron. A sonda (TTAGGG)n na espécie C. mydas permitiu detectar um sítio telomérico intersticial (ITS – interstitial telomeric sites) no par microcromossomo 14 em indivíduos capturados em diferentes localidades, o que coincide com a localização do sítio de DNAr 18S. A presença deste ITS sem a alteração do 2n basal sugere que estes foram inseridos durante o reparo de quebras da dupla fita no sítio do DNAr 18S com ação da telomerase durante o curso da evolução. Diante deste contexto, este estudo de citogenética molecular demonstra variações microestruturais nos cromossomos das tartarugas marinhas e auxilia no entendimento da diversificação cariotípica do grupo. |