Aspectos reprodutivos em tartarugas marinhas da bacia potiguar RN/CE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Fabrício, Marília Anielle da Silva
Orientador(a): Costa, Simone Almeida Gavilan Leandro da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA ESTRUTURAL E FUNCIONAL
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22661
Resumo: Existem no mundo apenas sete espécies de tartarugas marinhas. Dentre essas, há registros de ocorrência de cinco espécies no litoral do Brasil: Dermochelys coriacea, Chelonia mydas, Caretta caretta, Eretmochelys imbricata e Lepidochelys olivacea. De acordo com a Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza, todas as espécies de tartarugas marinhas existentes no Brasil se encontram ameaçadas de extinção. A maioria dos trabalhos relacionados a proporção sexual desses répteis indicam um desequilíbrio populacional, havendo um número excessivo de fêmeas. Assim, pesquisas sobre a biologia reprodutiva desses animais são extremamente necessárias e importantes para conservação de gerações futuras dessas espécies. Este trabalho tem como objetivo estudar diferentes aspectos morfohistológicos das gônadas de machos e fêmeas de tartarugas marinhas na Bacia Potiguar. Foram avaliados animais vivos e mortos, provenientes de encalhes entre as praias de Icapuí/CE e Caiçara do Norte/RN, totalizando aproximadamente 300 km. Os animais encalhados mortos ou que vieram a óbito na Base de Reabilitação do Projeto Cetáceos da Costa Branca-UERN foram necropsiados por uma equipe veterinária. As gônadas foram coletadas e fixadas em formol a 10%, e posteriormente submetidas a preparação histológica, através das técnicas de Hematoxilina-Eosina, sendo analisadas em microscópio óptico. No período de janeiro de 2011 a dezembro de 2015 foram registrados 3.960 encalhes de tartarugas marinhas na área estudada. A amostra apresentou proporção sexual de 3:1, com predomínio de fêmeas. Oitenta e cinco por cento dos animais registrados foram classificados como pertencentes a fase de desenvolvimento "juvenil". Foram analisadas microscopicamente 86 amostras de tecido gonadal, sendo 53 fêmeas e 25 machos da espécie Chelonia mydas, 3 fêmeas e 3 machos de Eretmochelys imbricata e 2 fêmeas de Caretta caretta. Foi possível estabelecer três estágios de maturação gonadal: pré pubescente, pubescente e maduro. O predomínio das gônadas analisadas foi de indivíduos pré pubescentes, com fêmeas apresentando ovócitos homogêneos e machos com túbulos seminíferos de pequeno diâmetro com ausência de espermatozoides. Os espécimes pré pubescentes fêmeas apresentaram comprimento curvilíneo da carapaça (CCC) médio de 37,07 cm e os machos 38,68 cm; Pubescentes fêmeas 77,04 cm e machos 89,92 cm, Fêmeas maduras com 101,35 cm e um indivíduo macho maduro com 105 cm. Pesquisas sobre aspectos histológicos relacionados ao desenvolvimento ovariano e testicular de tartarugas marinhas são escassas, mas, os resultados obtidos estão em concordância com o que já foi descrito. Considera-se a necessidade de continuidade de trabalhos como esse, associando os dados morfológicos e biométricos às análises histológicas para o melhor entendimento sobre a maturação sexual das tartarugas marinhas e implementação de propostas de conservação para essas espécies.