Representações sociais dos alunos sobre as práticas de educação moral presentes em escolas estaduais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Koga, Viviane Terezinha lattes
Orientador(a): Rosso, Ademir José lattes
Banca de defesa: Menin, maria Suzana de Stefano, Trivisol, Maria Teresa Ceron, Campos, Névio de, Cruz, Gilmar de Carvalho
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Departamento de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/2427
Resumo: A investigação teve como objetivo apresentar as representações sociais dos alunos do nono ano do ensino fundamental acerca das práticas de educação moral presentes em escolas estaduais. A escolha das quatro escolas participantes levou em conta três aspectos: a presença de problemas relacionados à moralidade, a ausência de iniciativas para enfrentar esses problemas e a localização periférica. A referida pesquisa teve inspiração etnográfica e caracteriza-se como qualiquantitativa. Para a sua fundamentação teórica foram utilizadas a Teoria das Representações Sociais, proposta por Moscovici e colaboradores, e a Teoria do Desenvolvimento Moral, proposta por Piaget. A coleta dos dados foi realizada mediante quatro estudos: 1) a coleta de 90 ocorrências em que são registrados os conflitos escolares; 2) a realização de 58 observações; 3) a aplicação de questionário para 359 alunos; 4) a realização de oito grupos focais, além de um estudo exploratório realizado com as pedagogas. Os dados foram analisados com o apoio dos softwares SPSS, EVOC, SIMI e ALCESTE e também pela análise de conteúdo e análise documental. Os resultados indicaram que os problemas morais estão presentes em todas as escolas investigadas e em nenhuma delas há iniciativas e/ou projetos próprios da escola para resolvê-los ou minimizá-los. Também se verificou que as ocorrências possuem, em sua maioria, registros com conteúdo moral, nas quais não há propostas para a resolução, havendo apenas encaminhamentos que consistem em conduzir o aluno de uma instância para outra superior. As observações realizadas evidenciaram aulas expositivas e atividades com cópia do quadro e do livro didático, além de diversos mecanismos de controle adotados de forma unilateral e autoritária pelos professores e gestores. A análise dos dados demonstrou ainda que os alunos representam as regras escolares a partir dos objetos celular, uniforme e do valor respeito, deixando indícios de que por vezes eles colocam no mesmo patamar regras convencionais e morais. Frente aos objetos há uma ambivalência, pois de um lado estão os aspectos normativos e de outro os aspectos funcionais das regras escolares. Já diante do valor há um consenso acerca da sua importância e necessidade para o convívio escolar. Com relação às representações sociais observadas nos grupos focais, os alunos dão indicativos das práticas morais desejadas por eles, como uma escola mais democrática, com diálogo, respeito mútuo e que permita a participação dos alunos no processo de elaboração das regras e nas tomadas de decisão na escola.