Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Santos, Volney Campos dos
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Orientador(a): |
Silva, Lenir Mainardes da
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Banca de defesa: |
Monica, Eder Fernandes
,
Valle, Alejandro Hugo Del
,
Rocha, Paula Melani
,
Schimanski, Edina
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Ponta Grossa
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais Aplicadas
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Departamento: |
Setor de Ciências Sociais Aplicadas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/2942
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Resumo: |
Esta tese investiga a divisão do tempo de trabalho doméstico não remunerado entre homens e mulheres e suas implicações quanto às desigualdades nas relações laborais. Tem por objetivo compreender e desvelar as estruturas que organizam e normatizam socialmente o modo diferenciado pelo qual se distribui o tempo entre homens e mulheres na sociedade brasileira e em que medida essa distribuição contribui para a manutenção de um nível permanente de desigualdade em relação às condições de acesso e permanência no mercado de trabalho. Trata-se de pesquisa interdisciplinar, qualitativa e de caráter aplicada, mediante a análise de dados da Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílio Contínua disponíveis para os anos de 2016, 2017 e 2018 em relação à dedicação, por sexo, à realização de afazeres domésticos e trabalho de cuidados e ao trabalho remunerado, que serão posteriormente relacionados com outros indicadores disponíveis: rendimento, condição na ocupação, condição no domicílio, raça e escolaridade. Como resultado, os dados confirmam que o uso do tempo é fator essencial na articulação entre trabalho e família, afirmando a persistência de padrões tradicionais de divisão sexual do trabalho. Como conclusão, demonstra-se que a sobrecarga de trabalho produzida pela atribuição desigual das atividades domésticas às mulheres, reforçada pelas representações sociais de gênero, influi diretamente nas condições de inserção e permanência da mulher no mercado de trabalho, constituindo a base material de um conjunto de desigualdades que resistem em desaparecer. |