Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Alberti, Regiane de Fátima Siqueira
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Orientador(a): |
Carlos, Valeska Gracioso
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Banca de defesa: |
Guidotti, Arelis Felipe Ortigoza,
Couto, Ligia Paula |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Ponta Grossa
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós - Graduação em Estudos de Linguagem
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Departamento: |
Departamento de Estudos da Linguagem
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/2697
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Resumo: |
Busco neste trabalho analisar e discutir como se efetiva o ensino de Língua Espanhola num enfoque sobre variações linguísticas e as múltiplas identidades culturais e sociais dos povos hispano falantes, situações que perpassam a práxis educativa do idioma em questão. Os professores envolvidos na pesquisa são da Educação Básica, de escolas públicas e privadas da cidade de Ponta Grossa – PR., atuantes no Ensino Fundamental/ Médio e CELEM. Pretendo contribuir para o desenvolvimento de pesquisas ligadas à linha de variação linguística no campo da Sociolinguística, no mundo atual, sua influência no processo de ensino e aprendizagem de línguas, em virtude das exigências de transformações educacionais, a partir da necessidade de se conhecer, respeitar e valorizar as línguas e culturas dos povos, na luta por um ensino de Espanhol de qualidade. Neste intuito, foram realizadas entrevistas semiestruturadas, gravadas em áudio, analisadas na perspectiva da Sociolinguística, pelos fatores sociais extralinguísticos, idade, tempo de atuação no magistério e rede de ensino pública ou privada para responder às perguntas de pesquisa. Analiso suas representações e concepções linguísticas, discorro sobre o uso da variante americana, na perspectiva de valorizar a riqueza lexical do idioma, evitando a apresentação do Espanhol ibérico como único a ser ensinado a estudantes brasileiros, questiono também o material didático utilizado por estes profissionais e as políticas linguísticas que regem o ensino de línguas em nosso Estado. Para tanto utilizo referencial teórico pautado nos estudos de Labov (2008, [1972]) e Moreno Fernández, (2005, 2007, 2010) sobre variação linguística; As variantes do Espanhol americano, em Lipski (2005), Moreno de Alba (2007), para as questões de políticas linguísticas e ensino de Espanhol, trago Couto (2016), Rajagopalan (2014) e os documentos que norteiam o ensino de Língua Estrangeira, como os PCN (1999), as DCN (2005) e a BNCC (2016); no que se refere ao debate sobre identidades me pauto em Rajagopalan (2002, 1998), Hall (2006); e finalmente acerca de atitudes e prestígio linguísticos, nos estudos de Lambert & Lambert (1981) e Silva-Corvalán (1989). As análises apontam que os professores valorizam a variação linguística da língua, porém, devido a vários fatores, como as políticas linguísticas atuais que trazem insatisfação e insegurança, o número de aulas reduzido, o desinteresse dos alunos, nem todos trabalham como deveriam. Não há diferenças marcantes entre o trabalho dos profissionais que atuam na escola pública e os da escola privada, no que se refere ao tema pesquisado, as questões de identidade estão atreladas aos estudos com variação linguística e o material didático utilizado por estes profissionais mostrou-se uma ferramenta incompleta para um trabalho de qualidade sobre o assunto em questão. O fator social que mais influenciou a interpretação das respostas foi a rede de ensino, que revela na escola pública, dentro da matriz curricular, o melhor espaço para o ensino de Espanhol de qualidade no trabalho com variação linguística. |