Almas que se regeneram: representações sobre a prostituição na literatura de José de Alencar, 1858-1868

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Kuhn, Mariana Schulmeister lattes
Orientador(a): Karvat, Erivan Cassiano lattes
Banca de defesa: Gruner, Clovis Mendes lattes, Vázquez, Georgiane Garabely Heil lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Departamento de História
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3060
Resumo: Esta dissertação tem como objetivo compreender o processo de construção da personagem da prostituta nas obras As azas de um anjo (1858), Lucíola (1862) e A Expiação (1868) de José de Alencar. Pretende-se também entender as causas que motivaram o autor a representar tal forma de conduta de maneira tão distinta em cada uma das obras citadas. Para tanto, foram utilizadas como fonte as produções literárias alencarianas e as críticas referentes à cada uma destas produções, publicadas em periódicos cariocas, tais como Correio Mercantil, Semana Illustrada, Constitucional e Diário do Rio de Janeiro. Neste estudo também foram utilizados artigos da medicina social oitocentista, visto que esta área do conhecimento também se interessava por questões referentes ao meretrício. A partir do uso deste material, foi possível comparar as concepções acerca da prostituição existentes no meio literário e médico. As fontes selecionadas dos Annes Brasilienses de Medicina foram: Duas palavras sobre a educação moral da mulher de Nicoláo Joaquim Moreira (1868), Da prostituição no Rio de Janeiro de Luiz Correa de Azevedo (1869), A mulher perante o médico de Costa Ferraz (1872) e Memoria sobre as medidas a adoptar contra a prostituição no paiz de João Francisco de Souza (1875). A análise deste material foi feita a partir do conceito de representação de Chartier (2002) e da metodologia da Análise de Discurso de Orlandi (2005). Foi também realizada uma revisão bibliográfica a partir de autores como França (1999), Verona (2013), Engel (2004), Faria (1987), Aguiar (1984), Perrot (2003), Martins (2004), entre outros.