Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Kruse, Bárbara Cristina
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Orientador(a): |
Cunha, Luiz Alexandre Gonçalves
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Banca de defesa: |
Dantas, Marcelo Buzaglo
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Caporlingua, Vanessa Hernandez
,
Costa, Lúcia Cortes da
,
Silva, Silmara Carneiro e
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Ponta Grossa
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais Aplicadas
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Departamento: |
Setor de Ciências Sociais Aplicadas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3616
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Resumo: |
A superação da crise ambiental contemporânea demanda mudanças de um modelo civilizatório consolidado. O consumismo, a obsolescência programada e a utilização desenfreada dos recursos naturais não renováveis acometem a humanidade a um iminente colapso ambiental. Nesse panorama, a capacidade de suporte e renovação dos recursos ambientais do planeta está comprometida, assim como o sistema expansionista do capital encontra obstáculos nos limites socioespaciais. Uma gestão ambiental sustentável faz-se imprescindível diante do horizonte pessimista e de escassez. O objetivo geral dessa tese consiste na análise de cinco grandes desastres ambientais brasileiros do século XXI, buscando desvelar o peso da lógica da acumulação de capital que é determinante das relações produtivas e sociais de forma ampla. A hipótese que permeia a tese é a de que o atual processo de expansão do capital leva a contradições políticas, econômicas e sociais que interferem na superação desta crise. A partir da dialética e do modelo histórico-indutivo, busca-se encontrar contradições sistêmicas que originam novas contradições; a interpretação da realidade, neste panorama, está baseada na análise crítica. A tese subdivide-se em dois momentos: o primeiro, no exame da crise ambiental no contexto global com os consequentes fracassos dos encontros internacionais e, o segundo, pela pesquisa exploratória que descreve cinco grandes danos ambientais brasileiros a partir do seu deslinde processual e reparatório. A reflexão de tais desastres mostra-se relevante no contexto brasileiro enquanto país periférico e ex-colônia de exploração. Tendo em vista a desuniformidade dos recursos naturais distribuídos entre os hemisférios e do intercâmbio desigual entre os países, busca-se confluir a subsistência da injustiça ambiental nos desastres ambientais brasileiros. Parte-se, assim, da reflexão do Direito enquanto insuficiente instrumento de transformação social e garantidor da ordem. A premissa é de que o Direito possui papel fundamental como protagonista e condutor da gestão de riscos na sociedade contemporânea, bem como na prevenção e precaução de desastres. Advoga-se, portanto, por posturas governamentais sustentáveis, tal qual, também, um novo modelo paradigmático jurídico e civilizacional que garanta a substância de um ambiente saudável para as próximas gerações. |