Aprendizagem da docência para o ensino de Geometria na infância no contexto da formação e da prática pedagógica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Dionizio, Fátima Aparecida Queiroz lattes
Orientador(a): Brandt, Celia Finck lattes
Banca de defesa: Guérios, Ettiéne Cordeiro lattes, Almouloud, Saddo Ag lattes, Tozetto, Susana Soares lattes, Cartaxo, Simone Regina Manosso lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Departamento de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/2919
Resumo: Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de evidenciar como a aprendizagem da docência voltada ao ensino da geometria nos anos iniciais do Ensino Fundamental tem se constituído e o papel dos processos formativos na aprendizagem e na mobilização de saberes e de conhecimentos docentes para o exercício da prática pedagógica sobre geometria. O período da infância, no qual se realiza essa etapa da educação, é propício para o desenvolvimento do pensamento geométrico pela criança e para a construção de conhecimentos, mas requer um trabalho específico para que se efetive. Ensinar esse conhecimento, assim como os demais que compõem a matemática, pressupõe uma aprendizagem por parte dos professores para que seja concretizado. Dessa forma, o problema de pesquisa a ser respondido é: Como tem ocorrido a aprendizagem da docência para o ensino da geometria nos anos iniciais do Ensino Fundamental e o que influencia nesse processo? Os dados para a elaboração desta tese foram obtidos em três etapas: a) realização de entrevistas com 22 professoras que atuam nos anos iniciais do Ensino Fundamental; b) observações durante o desenvolvimento de oficinas pedagógicas sobre geometria com nove professoras; e c) realização de um grupo focal com sete professoras que participaram das oficinas. Alguns subsídios teóricos desta pesquisa consistem nas obras de Vaillant e Marcelo (2012), Marcelo Garcia (1995, 1999), Giroux (1986, 1997), Zeichner (1995, 2008), Nóvoa (1995), Arroyo (2001), Shulman (1986, 2001), Tardif (2014) e Duval (1995, 2011, 2012a, 2012b, 2013a, 2013b, 2015). A pesquisa caracteriza-se como qualitativa de caráter interpretativo e articula-se ao pensamento complexo na perspectiva de Morin (2010). Os dados empíricos foram transcritos e organizados com o auxílio do software NVivo e analisados com base na metodologia de Análise Textual Discursiva (MORAES; GALLIAZZI, 2016). Constatou-se que têm sido necessários processos formativos específicos para que ocorra a aprendizagem para a docência em geometria, pois a formação inicial ou a autoformação não tem dado conta dessa tarefa, assim como não são todos os cursos vivenciados que contribuem. Professoras que participaram de formações sobre geometria, consideradas significativas para suas aprendizagens, relataram práticas de ensino mais elaboradas, também se mostraram mais receptivas a mudanças em suas práticas, a partir do que foi desenvolvido nas oficinas pedagógicas. Para abordar a geometria em cursos, percebeu-se a necessidade de estratégias de ensino que sejam reconhecidas como efetivas pelos professores em formação, que levem em consideração suas reais necessidades de aprendizagem e que articulem elementos teóricos e práticos. Ficou evidente que é preciso investir em processos formativos que possibilitem aprendizagens aprofundadas sobre as áreas do conhecimento que os professores que atuam no período da infância lecionam, de forma que possam explorar as potencialidades de cada componente do currículo escolar, como a geometria, para o desenvolvimento da autonomia intelectual e a emancipação humana dos estudantes, em busca dos fins educacionais almejados.