Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Gonçalves, Daniel Ruiz Potma
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Orientador(a): |
Sá, João Carlos de Moraes
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Banca de defesa: |
Caires, Eduardo Fávero,
Cerri, Carlos Eduardo Pellegrino,
Canalli, Lutécia Beatriz,
Joris, Hélio Antonio Wood |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Ponta Grossa
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Agronomia
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Departamento: |
Departamento de Agronomia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/2525
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Resumo: |
Solos podem ser uma fonte ou um dreno de CO2 atmosférico, dependendo do seu sistema de manejo. Atualmente, o uso do solo e mudança de uso do solo emitem 1,3 ± 0,5 Pg C ano-1, equivalente a 8% das emissões globais. Técnicas como a agricultura de baixa emissão de C têm sido desenvolvidas para sequestrar C nos solos e reduzir a emissão de gases do efeito estufa. Porém, além dos desafios políticos e sociais envolvendo a doção destes sistemas, ainda há muita incerteza sobre o seu real potencial de mitigação. Assim, os objetivos desse estudo foram: i) Quantificar as fontes históricas e atuais de emissão de gases do efeito estufa na região dos Campos Gerais do Paraná, Brasil; ii) quantificar o potencial das melhores práticas de manejo agrícola baseadas nos três pilares da agricultura de conservação: Solo permanentemente coberto, plantio direto e rotação de culturas, em longo prazo (30 anos) para sequestrar carbono no solo, utilizando a fazenda Paiquerê (localizada na região dos Campos Gerais) como um modelo de sucesso; iii) estimar o impacto da adoção das melhores práticas de manejo nas áreas agrícolas da região e globalmente onde adequadas pelos próximos 100 anos utilizando os modelos Century e Roth-C. As fontes de gases do efeito estufa foram apresentadas como um inventário e mostraram que as emissões históricas (1930 – 2017) foram 412,18 Tg C, no qual as mudanças de uso do solo contribuíram com 91% (376,2±130 Tg C). As florestas sequestraram 51.7 ± 23.9 Tg C em 0.6 Mha em 47 anos (1.8 Tg C Mha-1 ano-1) e o plantio direto sequestrou 30.4 ± 23.9 Tg C em 1.9 Mha em 32 anos (0.5 Tg C Mha-1 ano-1). Ambos os modelos tiveram uma boa performance e o modelo Century foi mais eficiente em simular os estoques de carbono do solo, o resíduo médio da simulação foi 10 Mg C ha−1 (13%) para n = 91. O resíduo do modelo aumentou com a quantidade de óxidos no solo, sugerindo que a inclusão do controle mineralógico pode reduzir o viés de simulação. As predições do Century mostraram que o sistema tem potencial para mitigar 13 anos de emissões regionais (330 Tg C em 100 anos) ou 105 anos de emissões do setor agricultura, floresta e pecuária (40 Tg em 100 anos) na região. Da mesma forma, globalmente o sistema apresenta um potencial para sequestrar 2,5 ± 0.02 Pg C na profundidade 0–20 cm e 11,7 ± 3 Pg C na profundidade 0-100 cm em 86 milhões de ha distribuídos por todo o mundo. Este valor é equivalente à 11% das emissões globais dos setores agricultura, floresta e pecuária e mudanças de uso do solo. Assim, a nossa metodologia possa ser utilizada como um modelo para divulgar o potencial da agricultura conservacionista em sequestrar C nos solos e suportar políticas públicas que visem à mitigação das emissões de gases do efeito estufa. |