Mulheres à parte: a trajetória das jornalistas que saem da profissão no Brasil (2012-2017)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Vieira, Anna Vitória Cuimachowicz lattes
Orientador(a): Pontes, Felipe Simão lattes
Banca de defesa: Xavier, Cintia lattes, Rocha, Paula Melani lattes, Moura, Dione Oliveira lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Jornalismo
Departamento: Departamento de Jornalismo
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3861
Resumo: O presente trabalho busca identificar trajetórias profissionais das mulheres que saíram do jornalismo feito na mídia no Brasil. Tem como base o web survey sobre trajetórias profissionais de jornalistas brasileiros de 2012 a 2017 (PONTES; MICK, 2018), que obteve 1.233 respostas de todos os estados, do Distrito Federal e de fora do país. O estudo de trajetórias identifica as mudanças estruturais que incidiram sobre a profissão, principalmente diante da complexa crise política, econômica e social do país no período. Cinco anos depois, identifica-se um egresso das mulheres jornalistas que trabalham na mídia, principalmente das que atingem a faixa etária dos 30 anos (28 a 37 anos em sua maioria). Dados da pesquisa demonstram que 86 das 280 mulheres entrevistadas estavam fora do jornalismo em 2017, já excetuando as aposentadas. Sendo assim, o esforço de análise é direcionado à identificação dos fatores que causam essa saída, e como eles incidem sobre a trajetória profissional dessas jornalistas. Para tal, são analisados os dados sociodemográficos, de renda, carga horária e desemprego da pesquisa quantitativa. Como uma segunda etapa de análise, selecionam-se perfis dentre as 86 entrevistadas, para realização de entrevista semi-estruturada. O objetivo é compreender quantitativamente e qualitativamente o que essas jornalistas partilham sobre a realidade da categoria e a estrutura patriarcal que circunscreve a profissão. Para fundamentar este estudo, parte-se de um referencial teórico feminista, dos estudos de jornalismo e da sociologia das profissões.