Uma pedagogia para a maternidade a partir do pediatra Fernandes Figueira (1887-1928)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Loch, Fernanda lattes
Orientador(a): Vázquez, Georgiane Garabely Heil lattes
Banca de defesa: Martins, Ana Paula Vosne, Ferreira, Angela Ribeiro, Stancik, Marco Antonio
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Departamento de História
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3355
Resumo: Com base nos pressupostos dos estudos de gênero e sob uma perspectiva histórica, esta pesquisa teve por objetivo analisar de que maneira o médico Fernandes Figueira se posicionou acerca dos modelos de maternidade e infância que estavam em disputa e transformação no começo do século XX. A principal fonte utilizada foi a obra Livro das Mães: Consultas Praticas de Hygiene Infantil, escrita pelo médico em 1910 e republicada em 1920. Este livro se tornou uma espécie de manual para o “bom exercício” da maternidade. Fernandes Figueira, formado pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, especializou-se em pediatria e teve um grande papel na construção de políticas públicas voltadas à maternidade e à infância na Primeira República. Além deste livro foram analisados a revista Brazil-Medico e alguns jornais de grande circulação no Rio de Janeiro no período de atuação do pediatra (1887-1928). Os principais autores/as utilizados foram Michel Foucault (2002; 2005; 2009) nos debates acerca da normatização dos corpos na modernidade; Gisele Sanglard (2014; 2016) no que se refere à trajetória de Fernandes Figueira; e Elisabeth Badinter (1985) sobre a construção do amor materno. Por meio desses autores/as e através das fontes analisadas, buscou-se problematizar a ideia de uma pedagogia da maternidade, na qual a medicina ensina as mães como criarem de maneira “higiênica” seus filhos. Nesse sentido, um modelo específico de mãe é criado afim de promover um novo modelo de família e de sociedade. A higiene e a educação são valorizadas nesse novo modelo. Compreender como é feita essa proposta médico-pedagógica para a maternidade e para a normatização da infância, a partir de Fernandes Figueira, é o que almejou essa pesquisa.