O ano da morte de Ricardo Reis: Caminhos labirínticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Ferreira, Luis Gabriel Silva lattes
Orientador(a): Morais, Eunice de lattes
Banca de defesa: Harmuch, Rosana Apolonia lattes, Grossegesse, Orlando Alfred Arnold lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós - Graduação em Estudos de Linguagem
Departamento: Departamento de Estudos da Linguagem
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/4191
Resumo: Esta dissertação é um estudo do romance O ano da morte de Ricardo Reis, de José Saramago, tendo em foco a análise do labirinto histórico e a inter-relação que se estabelece entre ele e outros labirintos que estão presentes no romance. No romance objeto desse trabalho, Ricardo Reis, heterônimo de Fernando Pessoa está regressando a Portugal após seu autoexílio no Brasil e irá encontrar não só um país, mas também com o continente Europeu em cenário de profundas mudanças. O ano de 1936 não permite com que Reis seja apenas um observador do espetáculo do mundo, sendo impelido a uma mudança de sua identidade contemplativa e alheada. Dessa forma, a personagem que finaliza o romance não é a mesma que inicia o romance. A realidade do leitor não permite com que ele próprio seja um mero observador do espetáculo a sua volta, da mesma maneira que a realidade da personagem não permite o alheamento. Reis será impelido a buscar uma nova identificação na nova configuração de realidade em que ele foi inserido, por Saramago, percorrendo inúmeros labirintos que se inter- relacionam, conforme a narrativa se desenvolve. Temos, por exemplo, o labirinto físico de Lisboa e a sua identidade, o labirinto sentimental, o labirinto intertextual, e o labirinto histórico. A fim de apresentar uma discussão sobre o labirinto histórico e sua inter-relação com os outros labirintos que observamos na obra, o texto ganha corpo a partir dos escritos de Penelope Reed Doob, Eduardo Lourenço, Orlando Grossegesse, Carlos Reis e Teresa Cristina Cerdeira, pesquisadores que nos oferecerão grande arcabouço teórico para tratar as questões abordadas por essa dissertação.