Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Sansana, Murilo Roberto
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Orientador(a): |
Schardong, Rosangela
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Banca de defesa: |
Martinez, Adriana Binati
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Pacheco, Keli Cristina
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Ponta Grossa
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós - Graduação em Estudos de Linguagem
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Departamento: |
Departamento de Estudos da Linguagem
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3516
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Resumo: |
Esta dissertação tem a meta de aproximar as obras El Licenciado Vidriera (1613), de Miguel de Cervantes e O Alienista (1882), de Machado de Assis, observando como a loucura, elemento central das duas obras, é um meio para expressar a crítica social. Para tanto, busca-se colocar em evidência os traços do gênero satírico presentes nos textos, analisando como eles convergem com a temática da loucura, pois a principal hipótese é que a loucura é utilizada pelos autores, nos contos selecionados, como meio para satirizar os costumes, as ideias dominantes e as práticas sociais do seu tempo. Desse modo, tem-se o propósito de identificar como as narrativas ficcionais selecionadas veiculam a concepção de loucura dos seus respectivos períodos históricos, a partir do resgate das doutrinas médicas, dos saberes aplicados a este tema, bem como das práticas sociais relativas aos loucos e à loucura. Espera-se evidenciar como as concepções de loucura de cada período são mimetizadas pelas produções ficcionais em análise. Metodologicamente, a pesquisa é qualitativa, combinando a revisão bibliográfica com o estudo analítico dos textos literários. De modo semelhante à própria tessitura dos contos, pretende-se construir a análise a partir do diálogo entre literatura, medicina, história e sociedade. A fundamentação teórica apoia-se em Aristóteles, Horácio e Antonio Candido, para tratar sobre a arte literária; em Salvatore D’Onofrio e Mikhail Bakhtin para apresentar a sátira e em Robert Burton e Michel Foucault para tratar sobre a loucura. Apesar das diferenças culturais, no espaço e no tempo representados nos textos ficcionais, a análise dos contos assinala que a razão e a loucura não se excluem, como forças opostas ou estados contrários, mas têm limites difíceis de divisar. |