Brechas e Fissuras: As Territorialidades dos Cicloativistas no Espaço do Trânsito de Curitiba-PR.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Pinheiro, Alexandre Brito lattes
Orientador(a): Nabozny, Almir lattes
Banca de defesa: Fioravante, Karina Eugenia lattes, Robaina, Igor Martins Medeiros
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação Mestrado em Gestão do Território
Departamento: Departamento de Geociências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3548
Resumo: Esta pesquisa aborda as práticas espaciais dos cicloativistas de Curitiba-PR, procurando entender de que modo as mesmas afetam o espaço do trânsito e constituem as territorialidades desses sujeitos estratégicos. A abordagem utilizada é qualitativa e a ferramenta de coleta de informações é o formulário de entrevista semiestruturado. Enquanto método de seleção de informantes na pesquisa se utilizou a operação denominada “bola de neve”, (BARDIN, 2011) e que embora acabe direcionando os discursos, fez sentido com a pesquisa que trabalhou com os discursos ativistas e direcionados. Os discursos coletados foram pensados com base na análise de conteúdo (BARDIN, 2011), em que categorias foram selecionadas e trabalhadas conforme a proposta de entendimento das práticas espaciais e as territorialidades dos cicloativistas da capital paranaense. As análises das entrevistas trilharam a questão do poder (HAN 2015; 2018; 2019) espacializado nos territórios e a constituição das territorialidades. As práticas enunciadas nos discursos cicloativistas demonstraram um conteúdo de territorialidade multiescalar, desde o espaço do corpo (LIMA, 2015), do exemplo/presença cicloativa passando pelas microterritorialidades (HEIDRICH, 2013), até a possibilidade de influência no Nomoespaço do trânsito (GOMES, 2002). O foco na interpretação do fenômeno, abriu espaço para a utilização de autores de matizes teóricas diversas e que dialogam no texto a partir de uma intencionalidade autoral na expansão interpretativa dos conceitos em relação a complexidade do mundo factual. Por fim, a análise leva a crer que as práticas espaciais cicloativistas reivindicam não apenas espaços (auto)segregados como ciclovias e ciclofaixas, mas também a possibilidade de compartilhamento seguro das vias de circulação e o direito à cidade (BORJA 2003; LEFEBVRE, 2011). Para alcançar tais interesses, os cicloativistas se valem de suas práticas espaciais cotidianas e territoriais, contribuindo assim para a construção do espaço do trânsito.