História, a espinha dorsal do pensamento político de Dante Alighieri (1265-1321).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Lisboa, Eduardo Leite lattes
Orientador(a): Zulian, Rosângela Wosiack lattes
Banca de defesa: Zanotto, Gizele lattes, Silva, Edson Armando lattes, Martins, Patrícia Carlo de Melo lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Departamento de História
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3628
Resumo: Esta dissertação teve por objetivo investigar o papel da história no pensamento político de Dante Alighieri (1265-1321). As fontes utilizadas na análise foram aquelas em que o autor mais se manifesta politicamente, a saber, o opúsculo filosófico Convívio (1304-1308), as Epístolas V, VI e VII (1311-1312), o tratado escolástico Sobre a Monarquia (1316-1321) e os três poemas da Divina Comédia: Inferno (1304-1308), Purgatório (1308-1312) e o Paraíso (1316-1321). A pesquisa alicerçou-se nos pressupostos teórico-metodológicos do contextualismo linguístico de Quentin Skinner (2009) e nas categorias meta-históricas “espaço de experiência” e “horizonte de expectativa” propostas por Reinhart Koselleck (2006). Após reconstruir os axiomas da sociedade política do tempo de Dante e inseri-lo organicamente no transcurso dos eventos, isto é, depois de perscrutar a milenar disputa entre Império e Papado acerca dos limites de atuação do poder temporal e espiritual e examinar os efeitos disso na Península Itália, verificou-se as teorias com as quais o autor se defronta na sua apologia imperial. Alighieri identifica na ausência do imperador a falta de paz e justiça do seu tempo, ausência essa que existe por querer da Sé Apostólica, de algumas comunas italianas e dos reinos da França e de Nápoles. Em seus escritos do exílio, o poeta florentino procura demonstrar a necessidade do rei dos romanos e a sua independência face ao pontífice a partir do fim natural/racional do gênero humano. Os resultados do estudo revelaram que Dante Alighieri estrutura sua argumentação na história do Império Romano, instrumentalizada para solucionar os problemas de seu presente.