Síntese verde de nanopartículas de prata com extrato aquoso de Calendula officinalis e diodos emissores de luz (LED)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Santos, Angélica Panichi lattes
Orientador(a): Paula, Josiane Padilha de lattes
Banca de defesa: Canteri, Maria Helene Giovanetti lattes, Souza, Franciane Dutra de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmaceuticas
Departamento: Departamento de Ciências Farmacêuticas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3041
Resumo: A síntese verde é uma alternativa segura, ecologicamente correta e sustentável para produzir nanopartículas metálicas menos tóxicas, mais toleráveis ao organismo humano, com efeitos biológicos melhorados e mínima agressão ao meio ambiente. A utilização de plantas para esta finalidade tem sido amplamente estudada, entretanto, existem poucos estudos que atentam para o uso de LED (Light Emitting Diodes) isoladamente ou associado às plantas, para esta finalidade. Assim, o objetivo deste trabalho foi sintetizar e caracterizar nanopartículas de prata (AgNPs) obtidas por síntese verde, usando extrato aquoso de flores de Calendula officinalis sem e com fotoredução por LEDs de diferentes comprimentos de onda, além da determinação do tempo necessário para a total redução da prata. Foi realizada, ainda, a caracterização morfológica, de superfície e espectroscópica das nanopartículas obtidas. Os resultados indicaram que as condições ideais para a redução total dos íons Ag+ para Ag0 e formação das AgNPs foram: a utilização do extrato Calendula officinalis obtido por infusão, em uma proporção de 1/20 entre o extrato e a solução de nitrato de prata (AgNO3), e 48 horas de reação. Em relação à aplicação do LED, não se observou a formação de AgNPs pela irradiação isolada dos LED sobre a solução de AgNO3, entretanto a exposição aos LEDs associada à presença do extrato de Calendula officinalis produziu efeitos fotoquímicos, determinando alterações nas formas das partículas formadas. Nas micrografias por MEV-FEG observou-se que AgNPs obtidas pelo extrato de Calendula officinalis apresentaram formato esférico, enquanto as expostas aos LEDs verde e azul apresentaram geometrias diferentes, como hexagonais, prismáticas, quadradas e retangulares. O LED vermelho não promoveu mudança na morfologia das AgNPs. A presença de prata (Ag0 ) nas nanopartículas foi comprovada pelo EDS. No DRX o aparecimento de picos de cristalinidade relativos à prata metálica. Foi possível confirmar a presença dos constituintes químicos do extrato de Calendula officinalis na superfície das AgNPs, por meio da identificação de bandas específicas no FT-IR e aumento na intensidade do espalhamento da luz observado na espectroscopia Raman. Foi possível concluir que o extrato aquoso de Calendula officinalis 5% é uma alternativa excelente para a síntese verde de AgNPs e que a exposição aos LEDs associada ao extrato de Calendula officinalis promoveu efeitos fotoquímicos, determinando a forma das AgNPs.