Síndrome de Burnout, suporte social no trabalho e conflito trabalho-família em docentes no contexto da pandemia da Covid-19

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Barros, Kaíza Rafaelle Lucas Martins
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP
Brasil
UEPB
Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Saúde - PPGPS
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4452
Resumo: A Psicologia do Trabalho e das Organizações vem acompanhando com grande preocupação o crescente número de docentes emocionalmente instáveis ou adoecidos pelo trabalho, apresentando sintomas de desânimo, apatia e cansaço mental que caracterizam ou derivam de alguns distúrbios psíquicos, como a Síndrome de Burnout (SB). Nesta pesquisa, tal síndrome foi abordada como um fenômeno que tendeu a se agravar no contexto de pandemia da Covid-19 devido ao aumento do estresse e de estressores vivenciados no ensino remoto home office. O objetivo geral da pesquisa foi analisar a relação entre os fatores constituintes da SB com os fatores de Suporte Social no Trabalho e de Conflito Trabalho-Família em professores do ensino médio remoto de escolas públicas de Campina Grande (PB) no contexto da Covid-19. A pesquisa é do tipo survey com corte transversal e amostragem estratificada, tendo como referencial teórico o modelo psicossociológico da SB desenvolvido por Gil-Monte. Foram aplicados os instrumentos: Questionário Sociodemográfico, Cuestionario para la Evaluación del Sindrome de Quemarse por el Trabajo, Escala de Percepção de Suporte Social no Trabalho, Escala de Conflito Trabalho-Família e um Questionário sobre Trabalho Remoto em uma amostra de 131 docentes (41,2% da população) atuantes em 16 escolas (40% do total). Foram utilizados os softwares Statistical Package for Social Science (SPSS) para efetuar estatísticas descritivas, teste correlacional de Spearman e de regressão linear múltipla, e o Iramuteq para efetuar estatísticas R de análise de conteúdo. Os resultados identificaram 29,8% da amostra com SB, estando 24,4% inseridos no Perfil 1 (forma moderada) e 5,4% no perfil 2 (forma grave). Os resultados das regressões evidenciaram o Suporte Informacional como único preditor da SB. Sobre o conflito entre as esferas trabalho e família, a análise do conteúdo das respostas identificou as palavras ‘casa’ e ‘horário’ como as mais evocadas, sugerindo que o home office invadiu a vida privada dos docentes dificultando-lhes dispor de horários para se dedicarem à família. A pesquisa contribuiu para evidenciar que os docentes acometidos pela SB percebem a escassez de Suporte Informacional e a interferência dos horários profissionais na vida privada como principais vivências de mal-estar no contexto pandêmico da Covid-19. Esta contribuição pode subsidiar os dirigentes escolares em promover debates educativos sobre a saúde mental do professor, intervenções psicológicas e ações tangíveis que possam suprir a escassez de recursos informacionais nos ambientes escolares.