Bactérias intestinais em cupins: variação na beta diversidade e o efeito na sobrevivência do hospedeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Rolim, Maria do Socorro Lacerda
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP
Brasil
UEPB
Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação - PPGEC
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4265
Resumo: A microbiota intestinal bacteriana de cupins promove a regulação do metabolismo e digestão eficiente, além de contribuir no mutualismo defensivo, que reflete na suscetibilidade do hospedeiro. Todavia, fatores associados à modulação da microbiota incluem a dieta e a casta. No presente estudo avaliamos a influência do hábito alimentar e da casta de cupins na diversidade bacteriana intestinal em espécies da família Termitidae e a sobrevivência de Constrictotermes cyphergaster após exposição ao bacilo intestinal Bacillus thuringiensis (Bt). Os resultados demonstraram mudanças na diversidade, com variações na estrutura e na composição dos simbiontes, havendo diferença significativa entre os operários e guildas alimentares (Ceifadores e intermediários) das espécies estudadas. Essas mudanças foram associadas a dieta, assim como as funções desempenhadas pelas castas. Embora diferentes, somam-se ao processo de trofalaxia que contribui no compartilhamento de simbiontes intestinais. Quanto a sobrevivência de C. cyphergaster, os resultados demonstraram que Bt parece não afetar a sobrevivência desse cupim, diferentemente do que ocorreu nos indivíduos expostos a bactéria oportunista Pseudomonas aeruginosa (Pa). Fatores como virulência, condição intestinal do hospedeiro e virulência da cepa bacteriana podem permear os resultados encontrados. Além disso, a mudança fisiológica e comportamental dos indivíduos foi elucidada através de letargia, diminuição corporal e alimentar após a exposição aos patógenos bacterianos. Apesar de já ser conhecido fatores que alteram a microbiota intestinal, a dinâmica populacional associada aos papéis funcionais desempenhados por esses simbiontes em cupins requer abordagens multidisciplinares, uma vez que reflete um campo pouco explorado, o que poderá conferir insights sobre o processo de coevolução entre cupins e patógenos bacterianos.