Literatura e política nas Declarações da Selva Lacandona

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Galvão, Mara Carolina de Lima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Literatura e Estudos Interculturais
BR
UEPB
Mestrado em Literatura e Interculturalidade - MLI
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/1812
Resumo: Diante das atuais demandas literárias muito se tem especulado a respeito do conceito de Literatura, e do que venha a constituir um Cânone. Partindo do pressuposto de que haja vários cânones, este trabalho revisita os argumentos que determinam o valor de uma obra enquanto literária, como também a extensão deste questionamento a outros elementos subjacentes ao ramo da literatura, pondo em pauta o papel do escritor e a relevância, neste caso, da poesia como instrumento de luta política. Esta dissertação investiga como os questionamentos acima podem partir das Declarações da Selva Lacandona, qual a contribuição literária e política destas e quais soluções apresenta às imbricações supracitadas. Dotadas de poesia, propostas políticas, humor e simbolismo, surgiram como bandeira primeira do Movimento Zapatista, um movimento de guerrilha, composto na sua maioria por indígenas habitantes do estado de Chiapas, que, unidos contra o neoliberalismo, as consequências negativas do capitalismo vigente, o descaso, e a miséria que assola a maioria dos habitantes do México, comunicam através destas composições o desejo de construir uma nova nação, cuja palavra de esperança movimenta a luta e a utopia realizável que se faz urgente. A beleza das suas ideias, o apego à liberdade e a tolerância à diferença, antes restritos ao Estado mexicano, atualmente abraçam o mundo. Ao todo constituem seis as Declarações, tendo sido escritas entre os anos de 1994 e 2005, cuja autoria é atribuída ao Exército Zapatista de Libertação Nacional.