Paralelos fantásticos: o real, o insólito e as teorias contísticas de Edgar Allan Poe e Júlio Cortázar
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual da Paraíba
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP Brasil UEPB Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLI |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3268 |
Resumo: | Conforme afirmam Berger e Luckmann (2003), não existe uma única realidade, mas múltiplas submissas a uma, compreendida como comum: a realidade enquanto convenção, determinante de padrões e crenças, cambiável ao contexto e a época em que se apresenta. Na literatura, surgiram diversos movimentos em que essa questão vigorava como subtexto. A literatura de horror, gótica, fantástica, dentre outras, traz à cena as discussões que se perpetuaram na coxia da sociedade. Dentre os gêneros literários que buscam abarcar as facetas do real, ante o discurso cotidiano, o fantástico se apresenta como um dos mais antigos (BESSIÈRE, 2012) e, paralelamente ao fator oralizante do conto, perpetuam um espaço adequado para essa criação (CORTÁZAR, 2006). Nessa pesquisa, a partir da obra contística e teórica de Edgar Allan Poe e Júlio Cortázar, observamos como esses dois autores se ambientam nesse gênero, considerando-o reconfigurado, e como as suas respectivas teorias sobre o conto servem para maximizar e potencializar as suas narrativas curtas. O nosso corpus é composto de quatro contos, dois de cada contista, a saber, “A queda da casa de Usher” e “Revelação Mesmeriana” de Poe e “A autoestrada do sul” e “O perseguidor” de Cortázar. Iniciamos nosso percurso introduzindo a discussão do real e do insólito, nos debruçando sobre os conceitos do fantástico oitocentista e sua reconfiguração na contemporaneidade, de tal modo, observamos como a contística de Poe e Cortázar refletem em seu fazer, para por fim chegarmos a análise do contos. Nessa análise, observamos como cada obra ambienta-se em fatores temporais e históricos e como as teorias de ambos os autores podem se aplicar aos seus escritos, tecendo um paralelo entre suas consonâncias e divergências. |