Confluências entre o discurso fantástico e a polifonia para a leitura de contos de Julio Cortázar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Chang, Midori Nancy Arasaki lattes
Orientador(a): Oliveira, Silvana lattes
Banca de defesa: Machado, Rodrigo Vasconcelos lattes, Schardong, Rosangela
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós - Graduação em Estudos de Linguagem
Departamento: Departamento de Estudos da Linguagem
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3506
Resumo: Esta dissertação tem o propósito de discutir as confluências e possíveis aproximações do modo de expressão literária do fantástico em Julio Cortázar à dinâmica do discurso polifônico, desenvolvida por Mikhail Bakhtin (1929/2018), em Problemas da poética de Dostoiévski; a partir da nossa percepção do inacabamento e inconclusibilidade dos personagens e do desfecho das narrativas de Cortázar. Percorremos os estudos teóricos de Todorov (1970/2017), em Introdução à literatura fantástica, e de Bessière (1974/2009), em O relato fantástico: forma mista do caso e da adivinha, com vistas a contextualizar a realização do fantástico em Cortázar e, desse modo, iniciar as aproximações com a polifonia, sendo a principal ligação entre as duas perspectivas teóricas a impossibilidade de solução do relato fantástico em afinidade com o diálogo inconcluso característico do discurso polifônico. O autor argentino, um dos protagonistas do Boom latino-americano, se destacou pela sua produção de contos fantásticos, dos quais selecionamos para nossa análise “Casa tomada”, “A noite de barriga para cima”, “Longínqua”, “O perseguidor” e “Carta a uma senhorita em Paris”, publicados por Cortázar (1951/2016a, 1956/2016b, 1959/2016c) em suas três primeiras coleções Bestiário, Final do jogo e As armas secretas.