A execução do Programa de Alívio da Pobreza Rural do Banco Mundial em ambientes periféricos: o caso do Nordeste brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Batista, Leandra Myrela Pereira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Centro de Ciências Biológicas e Sociais Aplicadas - CCBSA
Brasil
UEPB
Programa de Pós-graduação em Relações Internacionais - PPGRI
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4471
Resumo: Desde o período de redemocratização, meados de 1980-1990, a prática de relações internacionais por entes subnacionais brasileiros, conhecida como Paradiplomacia, tem desafiado a Constituição Cidadã de 1988. Ao passo que é de exclusividade da União se ater aos acordos e contratos com organismos internacionais, estados e municípios brasileiros fazem uso de ações paradiplomáticas como forma de sanar necessidades básicas (econômicas, sociais e culturais). Ocorre, que esse fenômeno não se desenrola de maneira igual nas diversas localidades. Regiões mais desenvolvidas, como as do Sul e Sudeste, estão propensas diretamente à internacionalização, enquanto as localidades periféricas do Norte e Nordeste articulam-se de maneira dispersa e sem amparo institucional adequado, o que caracteriza como ambientes periféricos. Em termos específicos, a região Nordeste tem se destacado para reverter tais disparidades. Ao fazer parte da pasta do Banco Mundial por meio do Programa de Alívio da Pobreza Rural (PAPR), líderes locais se propuseram a buscar auxílio financeiro no organismo internacional para o desenvolvimento de infraestrutura e assessoramento técnico aos estados da região. Dessa forma, o presente trabalho tem como objetivo analisar quais os resultados da implementação do PAPR na região. Como caráter pragmático, o estudo irá se debruçar apenas em quatro programas do projeto guarda-chuva, localizados nos Estados do Ceará (Projeto São José), Bahia (Bahia Produtiva) e Paraíba (Cooperar PB). Para isso, um mapeamento das capacidades paradiplomáticas dos respectivos estados foi realizado, identificando seu modus operandi. Com um propósito de clarificar os dados dos projetos, um conjunto de entrevistas semiestruturadas ocorreram com os gestores públicos que coordenam tais práticas. Isso permitiu a observação da diversidade de ambientes dentro da região Nordeste e que a Paradiplomacia periférica ocorre por meio do engajamento de líderes políticos (governadores e gestores locais).