A concepção de pobreza predominante nas agendas do Banco Mundial e do governo Lula da Silva no Brasil.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Peixoto, Gabriela Soares
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/11091
Resumo: A dissertação que se delineia abaixo tem como objetivo investigar os determinantes teóricos que embasam a concepção predominante de pobreza constituinte dos Planos Plurianuais dos mandatos de Lula da Silva no Brasil e dos documentos oficiais do Banco Mundial direcionados a tal governo. Através de pesquisa bibliográfica investiga-se o período pós-crise internacional do capital dos anos 1970 e suas principais características: globalização financeira, reestruturação produtiva e neoliberalismo. Apreende-se que, a partir do quadro que se forja no decorrer dos anos 1980 e 1990, a preocupação internacional com o necessário enfrentamento da pobreza, que crescera de forma avassaladora, faz surgir uma concepção predominante para definir o que se entende por pobreza. Tal concepção calca-se, não apenas, mas fundamentalmente, na Teoria das Capacidades de Amartya Sen. Com base em pesquisa documental, busca-se expor a forma como esta concepção de pobreza se manifesta, também, nos documentos do Banco Mundial direcionados ao governo Lula da Silva no Brasil e, por conseguinte, nos Planos Plurianuais de seus dois mandados presidenciais. Por fim, nota-se que o discurso político brasileiro em tal período esta alinhado às prerrogativas do Banco Mundial em um cenário político ideológico de naturalização da pobreza, culpabilização dos pobres e tentativa de fazer com que os pobres não se sintam pobres. Parece-nos que a reiteração desta concepção predominante de pobreza traduz um esforço internacional para a afirmação de uma dominação ideológica de classe que favorece a formação de consensos sociais e, por seguinte, a manutenção do status quo.