Macunaímas: Intersemiose cinema literatura

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Santos, Maria Zita Almeida Batista dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Literatura e Estudos Interculturais
BR
UEPB
Mestrado em Literatura e Interculturalidade - MLI
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/1899
Resumo: Este trabalho é uma análise comparativa do romance Macunaíma, escrito por Mário de Andrade, e a tradução cinematográfica homônima realizada por Joaquim Pedro de Andrade. O objetivo principal de nossa pesquisa foi tratar do diálogo, similaridades e diferenças, entre estas duas obras e seus sistemas simbólicos, literatura e cinema. Macunaíma, de Mário de Andrade, foi um marco na literatura brasileira do século XX, se posicionando como obra moderna, portadora de uma visão crítica da literatura brasileira que a antecedeu, de seu tempo, do homem de seu tempo ancorado na tradição nacional e em suas origens étnicas. No conjunto da obra de Mário, o livro destaca-se como uma transfiguração do Brasil, de formas e aspectos dos nossos traços nacionais. Embora Mário de Andrade não tenha pretendido fazer do romance uma interpretação ou um signo da cultura brasileira, Macunaíma significa busca e descoberta e, de certo modo, é uma genuína interpretação do Brasil e de suas potencialidades futuras. Assim como Mário de Andrade, em sua criação, atualiza os mitos indígenas de que se apropria, Joaquim Pedro de Andrade, no cinema, encontra as respectivas dimensões contemporâneas do herói da nossa gente . No filme, por exemplo, o Brasil subjugado pela ditadura militar é um signo constante. Nossa incursão passa primeiro pela necessidade de contextualizar a antropofagia enquanto projeto de tradução e leitura crítica de nossas heranças ocidentais, objeto do primeiro capítulo; segundo, pela possibilidade de atualização criativa oportunizada pelo Cinema Novo, priorizando a abordagem das similaridades e posteriormente das diferenças entre os Macunaímas, objeto de nosso segundo capítulo.