O feminino mítico em contos peregrinos de Gabriel García Márquez

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Rodrigues, Hully Mangueira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Centro de Educação - CEDUC
Brasil
UEPB
Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLI
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4998
Resumo: Na presente pesquisa, analisamos a obra Doze Contos Peregrinos (1992), do colombiano Gabriel García Márquez, sob a ótica da mitologia e do feminino. Para tanto, propomos um recorte deste corpus, dando enfoque a três dos doze contos em questão, sendo eles: Me alugo para sonhar, Maria dos Prazeres e O verão feliz da Senhora Forbes. Todos protagonizados por mulheres fortes, tempestuosas e marcantes, representações do feminino que estabelece estreitas relações com o mito. Desse modo, coube questionar: O que elas simbolizam? O que os nomes dos personagens representam? Onde está o mito em cada trama e qual o seu papel? A fim de responder tais questionamentos, essa investigação foi embasada pelas proposições de teóricos e mitólogos como Joseph Campbell, Eleazar Mielietinski, e Northrop Frye, além de concepções junguianas. A hipótese considerada é que através de uma travessia intercultural entre a América Latina e Europa, o escritor García Márquez nos revela indivíduos ficcionais com ecos históricos, envoltos pela banalidade contraditoriamente insólita do realismo mágico, marca identitária de seus textos literários e da expressão artística da cultura latino-americana, meio pelo qual o mito se expressa em suas criações. A fim de fomentar essa questão, contamos também com sua fortuna crítica, que nos orientou para a compreensão acerca de que forma, elementos simbólicos como os sonhos, a morte, a serpente e as águas, estão comumente presentes em seu repertório criativo, bem como em narrativas míticas que constituem o imaginário ocidental.