COPING E BURNOUT EM PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA.
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências Humanas BR PUC Goiás Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Psicologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://localhost:8080/tede/handle/tede/1813 |
Resumo: | Este estudo teve como objetivo analisar as relações existentes entre estratégias de coping, burnout e fatores sociodemográficos em professores da educação básica da rede pública estadual dos municípios goianos de Goiânia e Iporá. O texto compõe-se de duas partes. A primeira discorre sobre os principais estudos teóricos encontrados na literatura especializada a respeito da temática e a segunda está estruturada em formato de artigo a ser submetido a uma revista científica para publicação. Participaram desta pesquisa 200 professores. Os instrumentos utilizados foram: o Coping Response Inventory (CRI) Adult Form e o Maslach Burnout Inventory General Survey (MBI-GS). Os dados coletados foram analisados em três etapas distintas. Na primeira, foi feita uma análise descritiva dos eventos estressantes mais vivenciados no contexto do trabalho, verificando-se as estratégias de coping mais utilizadas. Na segunda, foram realizadas análises de variância (teste t e ANOVA com scheffé) entre as variáveis sociodemográficas, coping e burnout. Na terceira etapa, foram realizadas análises de correlação (Pearson) e de regressão múltipla (stepwise). Os resultados da análise descritiva demonstraram que, entre os participantes deste estudo, houve predominância da vivência de problemas relacionais (66%) e as estratégias de coping mais utilizadas foram aquelas com foco de aproximação, relacionadas às habilidades comportamentais. Entre as dimensões de burnout, os resultados revelaram maior índice de exaustão emocional nos professores da educação básica pesquisados. Observou-se que os professores que ocupam cargo de chefia utilizaram mais as estratégias de busca de guia e suporte. Considerando a variável sexo, as mulheres utilizaram mais estratégias de evitação cognitiva. Os resultados da regressão múltipla aplicada à análise dos fatores preditivos de burnout apontaram que as habilidades de enfrentamento de problemas denominadas busca de gratificação e descarga emocional são preditivas da exaustão emocional. A direção dessas relações é negativa e positiva, respectivamente. Os resultados demonstraram ainda que as estratégias de análise de resolução de problemas e aceitação/resignação configuraram-se como preditoras do cinismo e da ineficácia. No que se refere às estratégias de aproximação e evitação, foram encontrados resultados significativos apenas na relação entre a dimensão exaustão emocional de burnout e as estratégias de evitação de problemas. Com base nos resultados obtidos, concluiu-se que os professores da educação básica, participantes deste estudo, ainda não desenvolveram burnout, visto que não houve significância em todas as suas dimensões. No entanto, em sua grande maioria, eles já apresentam exaustão emocional, dimensão esta que se caracteriza por cansaço e esgotamento de recursos, aos quais podem somar-se sentimentos de frustração e tensão nos trabalhadores. Portanto, pode-se dizer que, para esta população, as estratégias de coping têm maior probabilidade de serem preditoras de burnout. |