Raduan Nassar : uma poética da leitura a partir de sua escritur-ação e de seus personagens.
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual da Paraíba
Centro de Educação - CEDUC Brasil UEPB Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLI |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/2499 |
Resumo: | Propomos uma leitura de Raduan Nassar que se efetuará na perspectiva das polaridades Modernidade e Tradição. São três, as narrativas de nosso corpus: Menina a caminho, Um copo de cólera, Lavoura arcaica. Sumariamente e quase caricaturalmente, a Tradição é representada pelas instâncias paternas: pais simbólicos como o Estado, toda Autoridade política, religiosa, ou outra entidade como a Justiça e a Escola. O polo da Modernidade é representado pela ruptura com a Tradição, pela rebeldia a tudo que é instituído, pela vontade de instaurar o novo e de afirmar uma identidade. Apresentaremos uma síntese teórica dessas polaridades dos termos da dialética com ênfase na maneira como a tradição e o mito que a concretiza, atravessam a História. Ampliaremos nossa pesquisa sobre o mito com recursos psicanalíticos de Freud – Lacan e pela imaginação simbólica de Gilbert Durand. A convergência hermenêutica desses dois domínios do Saber revela-se como o motor de uma Poética da Leitura que, em dado momento de nossa reflexão, passou a ser dominante em nosso trabalho. A identidade moderna em luta com a tradição será analisada em particular na obra Menina a caminho, que dá o tom às outras narrativas. Essas análises terão como fio condutor a hipótese de que os textos de Raduan Nassar são assimiláveis a um “romance de formação”. Com efeito, nesses textos, os protagonistas saíam de casa à procura de sua identidade sexual, dentro de um quadro político “tradicional” que contraria o seu desejo. A terceira narrativa do corpus, Um copo de cólera, merece uma justificativa especial no que diz respeito ao traço “romance de formação”. Por isso, tivemos de adotar a hipótese de que os dois protagonistas (a mulher e o homem) comportam-se como jovens adultos experimentando uma adolescência prolongada. A favor dessa hipótese, invocamos a autoridade dos filósofos das idades da vida, Éric Deschavanne e Pierre-Henri Tavoillot (2007). A orientação pelo Imaginário, o desejo oprimido pela Lei introjetada do Pai (aqui o Estado ditatorial dos anos 60-70, uma provável instância paterna), assim como o trabalho da escritur-ação dinamizarão a leitura deste último texto assim como os que o antecedem. Concluiremos mostrando que a poética da leitura acima evocada nos conduz à apreciar em Raduan Nassar a ubiquidade do silêncio que corrói a sua obra, que lhe permite questionar o uso dos signos verbais, e que levará este autor a sair definitivamente do palco literário. |