Lavoura Arcaica: rastros do cotidiano na escritura de Raduan Nassar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Elesbão, Juliane de Sousa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: www.teses.ufc.br
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/15788
Resumo: Nesta pesquisa, pretendemos estudar a obra Lavoura Arcaica, publicada em 1975, do escritor brasileiro Raduan Nassar (1935-), com destaque para as relações intertextuais no referido romance, com base nas influências de leituras do escritor e na sua convivência com o meio literário, a fim de compreender como aquelas relações dão forma e espessura ao cotidiano familiar e de como este rege os comportamentos dos personagens, instiga as inquietações e contradições do protagonista André, de que modo a rotina da casa contribui para o entrave entre pai e filho, entre outras questões. No que diz respeito às análises comparativas, faremos um paralelo entre o romance em estudo e outras quatro obras fundamentais para que possamos adentrar o universo ficcional de Raduan Nassar. De viés religioso e de importância singular para a formação do escritor, temos a Bíblia e o Alcorão; sob a ótica literária, valer-nos-emos do poeta brasileiro Jorge de Lima (1893-1953) e do romancista português Almeida Faria (1943-), parentescos literários confessados por Nassar. Assim, à luz do conceito de escritura (BARTHES, 2004), da evolução histórico-conceitual dos termos influência e intertextualidade e das discussões tecidas sobre o que se entende acerca do cotidiano, especialmente com Kujawski (1991), desenvolveremos um diálogo com outros autores, como Maingueneau, Sartre, Freire, Pellegrini, Heller, para citar alguns, a fim de empreender uma nova leitura para a criação literária nassariana, cuja escrita artístico-literária leva em consideração temas densos e fundamentais para o ser humano, por meio de uma linguagem lírico-poética muito forte e em constante diálogo com outros discursos.