Sistemas de gradação histopatológica de malçignidade e sua relação com parâmetros clínicos em carcinomas de células escamosas de lábio inferior

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Cavalcante, Leonardo Henrique de Araújo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Epidemiologia e Promoção de Saúde
BR
UEPB
Mestrado em Odontologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/2105
Resumo: O carcinoma de células escamosas é a neoplasia maligna mais comum em lábio inferior. O sistema de estadiamento clínico de tumores (TNM) tem sido utilizado como padrão internacional para classificar as neoplasias malignas em estádios e estimar a resposta clínica à terapia e a sobrevida dos pacientes. No entanto, esse sistema nem sempre é capaz de estabelecer o desfecho clínico para os pacientes, fato que tem suscitado a busca por outros fatores prognósticos capazes de suplementá-lo, com destaque para os sistemas de gradação histopatológica de malignidade (SGHM). O objetivo deste estudo foi avaliar o grau histopatológico de malignidade em uma série de casos de carcinomas de células escamosas de lábio inferior (CCELI), por meio do sistema de gradação no front de invasão (BRYNE et al., 1992), do sistema de gradação da Organização Mundial da Saúde (OMS) (CARDESA et al., 2005) e do modelo histopatológico de análise de risco (BRANDWEIN-GENSLER et al., 2005), e relacioná-los com parâmetros clínicos. Cortes histológicos corados em hematoxilina e eosina, obtidos de 59 casos de CCELI, foram avaliados sob microscopia de luz. Possíveis associações entre o grau histopatológico de malignidade das lesões e os parâmetros clínicos (tamanho/ extensão do tumor, metástase em linfonodos regionais e estádio clínico) foram avaliadas pelos testes do Qui-quadrado e exato de Fisher. Para a gradação no front de invasão, foi observada associação significativa do baixo grau de malignidade com a ausência de metástase regional (p = 0,030) e com o estádio clínico inicial (p = 0,043). Por outro lado, o alto grau de malignidade no front de invasão revelou associação significativa com o maior tamanho/ extensão do tumor (p = 0,040). Em relação ao sistema da OMS, não foram observadas associações estatisticamente significativas entre os parâmetros clínicos analisados e o grau histopatológico dos tumores (p > 0,05). Para o modelo histopatológico de análise de risco, foi constatada associação altamente significativa do escore de risco com a metástase em linfonodos regionais (p = 0,004) e com o estádio clínico (p = 0,002). Além disso, foi observada associação significativa do infiltrado linfocítico com a metástase regional (p = 0,017) e com o estádio clínico (p = 0,040). Em conclusão, os achados do presente estudo sugerem que, dentre os SGHM analisados, o modelo histopatológico de análise de risco pode constituir o melhor sistema para indicar o comportamento biológico dos CCELI.