Investigação do valor prognóstico de sistemas de classificações histopatológicas para carcinomas de células escamosas de lábio inferior

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Di Lanaro, Nattália
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/13865
Resumo: Objetivo: O presente trabalho analisou o impacto prognóstico de três sistemas de classificação histopatológica (classificação histopatológica da OMS, Avaliação Histopatológica de Risco e o Modelo BD) na sobrevida de pacientes com carcinoma de células escamosas de lábio inferior (CCELI) tratados em uma única instituição entre 1999 e 2012. Metodologia: Ao todo, foram avaliados 173 casos de CCELI (C00.1, com ou sem extensão para C00.4) diagnosticados e tratados primariamente por cirurgia no Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) ou cirurgia associada a RXT. Todos os prontuários médicos foram revisados para a coleta de dados sociodemográficos, clinicopatológicos e de acompanhamento. Todas as lâminas, coradas em hematoxilina e eosina, contendo recortes dos tumores foram avaliadas para a aplicação das três classificações propostas. As lâminas foram digitalizadas para determinação da profundidade de invasão, permitindo o reestadiamento dos casos segundo a oitava edição do TNM. O impacto dos três sistemas de classificação histopatológica sobre a sobrevida global, sobrevida específica e sobrevida livre de doença foi calculado usando o método de Kaplan- Meier, o teste de log rank e a análise de regressão de Cox. Resultados: A idade média ao diagnóstico foi de 62,2 anos, com uma proporção de homens acometidos de aproximadamente 4:1 em relação ao sexo feminino. A maioria dos pacientes eram brancos (86,1%). Os estágios clínicos mais prevalentes foram I e II (27,2% e 39,3%, respectivamente) e a maioria dos pacientes encontrava-se nos estágios patológicos II e III, compondo juntos 67,6% dos casos. A análise de regressão de Cox mostrou que a classificação histopatólogica da OMS e o modelo BD foram variáveis independentes para a sobrevida global, enquanto idade e a classificação da OMS foram variáveis independentes para a sobrevida específica. Para a sobrevida livre de câncer o modelo BD se mostrou como variável independente. Tanto o cTNM quanto o pTNM segundo a oitava edição não foram preditivos para a sobrevida dos pacientes. Conclusão: As classificações histopatológicas da OMS e BD demonstram valor prognóstico em CCELI e devem ser aplicados em coortes maiores e outros centros de diagnóstico oncológico para implementação na rotina patológica.