Autoeficácia e Burnout em professores do Ensino Fundamental II de João Pessoa (PB)
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual da Paraíba
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP Brasil UEPB Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Saúde - PPGPS |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4043 |
Resumo: | Desde 1970 países capitalistas buscam superar a crise fordista articulando três tipos de reformas ideo-políticas: neoliberalismo, reestruturação produtiva e financeirização. A fase de reestruturação produtiva originou um novo modo de acumulação econômica que passou a exigir trabalhadores flexíveis. Desde então, iniciam-se discursos governamentais e empresariais defensores da necessidade de elevar a qualificação e escolaridade dos trabalhadores como condição fundamental para desempenhar novas funções. Nesse cenário, foram introduzidas reformas educacionais que possibilitaram o enriquecimento das tarefas, contudo elevaram os encargos e responsabilidades docentes, gerando estresse, burnout e depreciação da eficácia profissional. Esta pesquisa analisou a percepção de eficácia (autoeficácia) e sua relação com níveis de burnout em professores do ensino fundamental II da rede pública municipal de João Pessoa/PB. Participaram 209 docentes (amostra de 62%). Aplicaram-se os instrumentos: MBI-ES para avaliar as três dimensões de burnout (Exaustão Emocional – EE; Despersonalização – DE; Realização Profissional – RP); Escala de Crenças de Eficácia do Professor para avaliar dois fatores de autoeficácia (Eficácia Pessoal e Eficácia do Ensino); Questionário Sociodemográfico para caracterizar a amostra. Os dados foram lançados no SPSS e efetuadas estatísticas descritivas (média, desvio-padrão, porcentagem), inferenciais (análise fatorial confirmatória), comparativas (clusters) e correlacionais (Pearson e regressão). Identificaram-se três perfis de burnout: Vulnerável, Intermediário e Resistente, nos quais a EE foi prevalente, atingindo 57,9% professores. O cálculo de Pearson indicou que EE e RP foram as dimensões de burnout que mais se correlacionaram com as de autoeficácia, e na análise de regressão a Eficácia Pessoal foi a melhor preditora do burnout, influenciando inversamente a EE e diretamente a RP. Estes resultados indicam que baixos níveis de Eficácia Pessoal afetam fortemente a EE e altos níveis promovem a RP. Ao mesmo tempo reforçam a importância de se priorizar essa dimensão da autoeficácia nos planos de promoção e proteção à saúde do professor, visto que seu fortalecimento pode ajudar docentes a lidarem com estressores laborais, inibindo a EE, que constitui o núcleo do burnout, gerando sentimento de RP, essencial para motivação e melhoria do desempenho. Sugere-se que os planos contemplem melhorias nas condições de trabalho e formação continuada, associadas a medidas educativas e de apoio psicológico que estimulem a elaboração de estratégias antiestresse. |