Memória, tempo e espacialidade: as crônicas de José Lins do Rego no jornal O Globo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Vasconcelos, Lydiane Batista de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP
Brasil
UEPB
Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLI
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3463
Resumo: No presente trabalho investigamos um conjunto de dezenove crônicas escritas por José Lins do Rego e publicadas no periódico carioca O Globo, entre as décadas de trinta e cinquenta do século XX. Traçamos um percurso que considerou de início os textos produzidos pela crítica literária e por memorialistas, os quais descrevem tanto as crônicas como a atividade de cronista exercida por José Lins, após a sua morte em 1957. No decorrer da pesquisa percebemos que há dois movimentos temporais nas crônicas, de forma que, em um conjunto de crônicas, José Lins volta-se ao passado e inclui, através de uma narrativa memorialista, os espaços narrados em seus romances que ficaram conhecidos como “ciclo da cana-de-açúcar”; já em outros conjuntos de crônicas, o autor reflete sobre questões que representam o seu tempo presente. Dessa forma, essa dissertação tem como objetivo analisar como José Lins, ao escrever sobre o espaço relativo a questões que envolvem o seu cotidiano como cronista no Rio de Janeiro, dedicou-se a refletir, prioritariamente, sobre o seu tempo presente através dos temas: arte e política; nas crônicas que tratam do Nordeste José Lins voltou-se ao passado, tratando especificamente de espaços com os quais manteve uma relação afetiva, mesmo quando descreveu obras de outros intelectuais. Partimos da hipótese de que o tempo mantém uma relação intrínseca com o espaço a ser investigado na crônica por José Lins. Fundamentamos nossa pesquisa com os textos de Dosse (2009), Klinger (2014), Scramim (2007), Gagnebin (2003), Benjamim (1994), Gomes (2004), Arfuch (2010), Júnior (2009), além de outros autores que contribuíram para refletirmos sobre as temporalidades nas crônicas.