Ensino de Ciências e Educação Quilombola: Etnociência, saberes e práticas nos anos finais do Ensino Fundamental
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual da Paraíba
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP Brasil UEPB Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Educação Matemática - PPGECEM |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4136 |
Resumo: | Trabalhar com ensino de química em escola quilombola se constitui um desafio, pois consiste em ultrapassar os limites pré-estabelecidos pelo ensino de Química convencional que normalmente não relaciona seus conteúdos à participação das civilizações africanas na produção da ciência. Dessa forma, afasta os alunos do acesso aos saberes produzidos pelas populações negras africanas ao longo do tempo, valorizando a produção europeia como única fonte de conhecimento. A presente pesquisa tem como característica o estudo do ensino de Ciências e a prática dos docentes e suas conexões com a realidade da escola quilombola e da sala de aula, por meio de questionários aplicados aos docentes em exercício no Ensino Fundamental. A pesquisa justifica-se pela necessidade de contribuir para a compreensão das práticas docentes à luz da realidade do ensino de Ciências numa escola quilombola e a partir desse contexto compreender como essas relações se dão de fato e de como se pode intervir como meio de possibilitar uma prática mais próxima dos saberes das populações afrodescendentes. Esse trabalho é de natureza qualitativa, utilizando-se como instrumento de coleta de dados o questionário aplicado aos três professores pesquisados pertencentes ao quadro docente de uma escola pública de Ensino Fundamental e Médio da cidade de Santa Luzia/Paraíba. Os dados coletados revelaram que os docentes pesquisados não tem conhecimento sobre a participação dos povos africanos no que se refere as suas contribuições para ciência, bem como sentem dificuldade em conceituar a etnociência. Quando indagados sobre as metodologias e conteúdos trabalhados em sala de aula que sejam relacionados às temáticas étnico-raciais as respostas se restringiram a alimentação quilombola, evidenciando a ausência de um maior aprofundamento nessas questões, mesmo todos tendo afirmado que levam em consideração a temática em estudo quando planejam suas aulas, além de conhecerem a lei 10.639/03. Em contrapartida, alegam não terem recebido em sua formação inicial preparação para o trabalho com as questões étnico-raciais. Esse se apresenta como um fato indicativo da necessidade de que a formação inicial e continuada trabalhe mais eficientemente essa temática para habilitar os docentes. |