A dialética do divino e demoníaco no Fausto de Goethe

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Rodrigues Neto, José Cândido
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP
Brasil
UEPB
Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLI
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4750
Resumo: Este trabalho é de natureza bibliográfica e hermenêutica e apresenta elementos textuais do poema trágico Fausto, de Johann Wolfgang Goethe, que configuram o movimento dialético entre demoníaco e divino, e a forma como a condição humana se mostra a partir do embate de tais forças. Defendemos que tal movimento dialético coloca o personagem Fausto, de Goethe, como uma síntese do espírito moderno, assim como compreendia seu autor. As inquietações e ânsias de Fausto representam a postura do homem moderno que se lança na contemporaneidade, cheio de inquietações e com poucas bases metafísicas sólidas. Fausto também expressa o homem que busca encontrar a solução para seus dilemas no campo da imanência, sem recorrer às forças de transcendência. O Fausto, de Goethe, sempre foi visto como uma obra dividida em duas partes com características distintas e pouco comunicáveis entre si, como sugerem Bandet (1989) Carpeux (2013) e Antônio Feliciano de Castilho (s.d.), tradutor do Fausto. No entanto, neste trabalho nos propomos a fazer uma leitura dialética do Fausto de Goethe, compreendendo que os elementos contidos na primeira e segunda parte convergem para uma síntese integradora, própria do projeto goetheano de criar uma obra de arte completa, que seria representante de seu conceito de literatura universal. Como subsídios teóricos para realizar este trabalho, recorreremos aos textos do comentador Marcus Vinicius Mazzari, e dos críticos Haroldo de Campos (1981) e Rintelen (1949).