Fatores determinantes da biomassa, diversidade funcional e ácidos graxos da comunidade zooplanctônica em dois estuários tropicais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Moura, Gustavo Correia de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP
Brasil
UEPB
Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação - PPGEC
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/2255
Resumo: O presente estudo teve por objetivo analisar os fatores direcionadores da biomassa, diversidade funcional e ácidos graxos da comunidade zooplanctônica em dois estuários tropicais com diferentes estados tróficos (Mamanguape e Paraíba do Norte), localizados no Nordeste do Brasil. O estudo foi dividido em dois manuscritos os quais tiveram amostragens realizadas no período de seca e cheia, sendo: nov/2013 e jul/2014, para o primeiro manuscrito e dez/2014 e jul/2014 para o segundo manuscrito, respectivamente. Foram selecionados quatro zonas amostrais ao longo de cada estuário e em cada uma foram selecionados três pontos onde em cada ponto três amostras bióticas (comunidade zooplanctônica) e abióticas (variáveis ambientais) foram coletadas. Os perfis de ácidos graxos foram obtidos à partir de técnicas de cromatografia gasosa das espécies de copépodes selecionados. No primeiro estudo, foi testado se a conectividade estuarina, as relações filogenéticas e as condições ambientais locais são os principais direcionadores do padrão de distribuição da biomassa e diversidade funcional da comunidade zooplanctônica. Observou-se que esses três componentes são suficientes para explicar a variação no estuário Mamanguape que se localiza em uma área de conservação, e que diferente do que é comumente esperado, a conectividade pode apresentar uma explicabilidade maior na distribuição da comunidade, quando comparada às condições ambientais. No entanto, os três componentes utilizados não foram suficientes para explicar a variação no estuário Paraíba do Norte o qual sofre a influência de impactos antrópicos. O estudo mostra a importância da variável espacial para avaliar os fatores direcionadores da biomassa e diversidade funcional da comunidade zooplanctônica, visto que esta integra à análise os efeitos da capacidade de dispersão das espécies e das forças físicas que atuam no sistema. Além disso, uma investigação aprofundada é necessária para esclarecer os fatores que determinam e moldam as comunidades zooplanctônicas em sistemas tropicais muito impactados. No segundo estudo, foi testado se os perfis de ácidos graxos podem revelar mudanças espaciais e temporais na dieta de copépodos, e por conseguinte, possam ser usados como indicadores do estado trófico dos sistemas estuarinos. Foi possível observar que a composição de ácidos gráxos dos organismo zooplanctônicos revelaram variações sazonais e temporal na ecologia trófica dos copépodos nos dois estuários tropicais. Além disso, os perfis de ácidos gráxos foram capazes de revelar diferenças na qualidade das potenciais fontes de alimento nos dois estuários com diferentes níveis de impacto antrópico, com uma menor qualidade de fontes alimentares presente no sistema mais impactado (estuário do Paraíba do Norte). Nesse estudo os perfis de ácidos gráxos foram sensíveis à estresses naturais e antrópicos, mostrando ser uma ferramenta rápida para avaliar o estado trófico de estuários tropicais.