O ultraneoliberalismo e a correlação de forças entre o agronegócio e a agricultura familiar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Souza, Maria Aléxcia Michelle.F.de Lima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Centro de Ciências Sociais e Aplicadas - CCSA
Brasil
UEPB
Programa de Pós-Graduação em Serviço Social - PPGSS
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/5064
Resumo: O cenário atual de hostilidade do ultraneoliberalismo nos traz uma imagem de defasagem da agricultura familiar em relação à hegemonia do agronegócio e suas grandes exportações, com base nessas questões, nos permitiremos capturar os efeitos da transição para o ultraneoliberalismo sobre as discrepâncias entre a agricultura familiar e o agronegócio, a partir da comparação crítica dos Censos Agropecuários de 2006 e de 2017 e da interlocução com a literatura científica. A necessidade de fomentarmos esse debate se gerou devido a uma certa escassez no Serviço Social, podendo levantarmos bandeiras de discussão para que haja uma mais efetiva inserção do debate da Questão Agrária na formação profissional dos Assistentes Sociais. Adotamos a Teoria Social Crítica para nos guiar nesse percurso, juntamente com pesquisas bibliográficas e documental através, especialmente, dos Censos Agropecuários do IBGE. Construímos nessa pesquisa uma abordagem teórica dividida em três capítulos, percorrendo desde as expropriações na acumulação primitiva, caminhando para os aspectos constitutivos da formação social brasileira, bem como abordamos as distinções conceituais e correlações de força que envolvem as duas formas de produção e, finalmente, a análise de dados mediante indicadores, como, por exemplo, o número de estabelecimentos agropecuários, o uso de agrotóxicos e a concentração fundiária. Pudemos observar que a agricultura familiar se faz enraizada no setor agropecuário e, sob condições de precariedade e de escasso apoio institucional e, ainda, de pouco reconhecimento social, é o setor que, de fato, fornece alimentos para o consumo dos brasileiros de forma sustentável e igualitária.