O papel dos sons nas estratégias de caça: Uma revisão global
Ano de defesa: | 2022 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso embargado |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual da Paraíba
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP Brasil UEPB Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação - PPGEC |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4447 |
Resumo: | A associação do som com as técnicas de caça pode fornecer informações sobre as interações entre animais e humanos. Embora o comportamento acústico seja uma parte importante do conhecimento em comunidades humanas, a bioacústica permanece superficialmente estudada na literatura etnobiológica. Dada a importância de pesquisas que integrem bioacústica com etnozoologia, consideramos o uso de um termo neste estudo para verificar o conhecimento popular sobre o uso do som por animais e humanos, denominado etnobioacústica, sendo abordado em práticas de caça. Sendo os humanos um dos principais predadores, o conhecimento bioacústico torna-se muito importante nas estratégias de caça, e suas informações sobre este tema são esparsas e anedóticas. Com isso, objetivamos por meio de uma revisão sistemática compilar as informações sobre produção e percepção de sons dos animais associados a caça. Os trabalhos a compor a revisão foram selecionados utilizando o protocolo PRISMA, com as buscas sendo realizadas no Google Scholar utilizando as palavras-chave “hunting” AND “animal sounds”. As buscas com o protocolo resultaram em 996 trabalhos, sendo utilizados para compor a revisão 51 estudos. Todos os dados foram analisados com estatística descritiva. Como resultados das análises dos estudos selecionados, observamos que a etnobioacústica foi registrado para 27 países, com a maioria deles concentrada na Ásia (11 países, 14 estudos). O Brasil foi o país com maior número de estudos (n = 6) e de espécies caçadas com sinais acústicos (n = 53). Cerca de 91 espécies foram registradas, distribuídas em 36 famílias, sendo os principais grupos de animais associados a técnicas de caça com sinais sonoros, as aves (74 registros; n = 46 spp.; 48%) e os mamíferos (76 registros; n = 44 spp.; 50 %), houve apenas 1 registro para espécie de anfíbios (1 sp.) e dois registros de répteis (espécies não identificadas). As principais espécies mencionadas pelos estudos compõem o grupo das aves (n = 6), mamíferos (n= 2) e anfíbios (n = 1), tendo sido registrados também 10 espécies com algum grau de ameaça entre aves e mamíferos. As estratégias de caça registradas utilizando sinais sonoros foram 6 sendo imitação, isca acústica, caça de direcionamento, interpretação de sons, caça com música e caça com cães. Ressaltamos que conhecer como os sons são usados como ferramentas para capturar animais é importante para que as medidas de proteção criadas também envolvam essa particularidade da caça. |