Jesus é viada?! uma crítica aos olhares cis-heterossexuais sobre personagens-viadas na série de Hqs The walking dead e na série de TV True blood
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso embargado |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual da Paraíba
Centro de Educação - CEDUC Brasil UEPB Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLI |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4667 |
Resumo: | Esta tese é uma crítica sobre como o olhar cis-heterossexual contamina o desenvolvimento de arcos narrativos de personagens gays nas Histórias em Quadrinhos The Walking Dead, de Robert Kirkman, e na série de televisão True Blood, de Alan Ball. Na busca por construir diversidade urbana em meio às crises entre humanos e não-humanos, os criadores se utilizam de diversos elementos para construir personagens não-brancos, não-homens, não-heterossexuais. Mostraremos como os dispositivos de controle da cultura heterossexual influenciam tanto no arco narrativo bem como na recepção de personagens cis-homossexuais, mesmo autores assumidamente gays acabam submetendo suas criações à lógica hegemônica cis-heterossexual. Da presunção da heterossexualidade de Paul “Jesus” Monroe em The Walking Dead ou do uso domesticador de Jesús Velasquez e sua relação com Lafayette Reynolds em True Blood, mostramos que, mesmo em narrativas que representam o fim do mundo e das estruturas sociais em que vivemos, a cultura heterossexual se impõe construindo novos mundo ainda heterossexistas: seja ao basear todas a relações no modelo heteronormativo para construir personagens não-heterossexuais; ou, como a sexualidade e os afetos das personagens não-heterossexuais são representados em comparação às práticas das personagens heterossexuais; ou, ainda, como as narrativas das personagens não-heterossexuais se desenvolvem em relação à narrativa principal em suas respectivas obras. Não é de hoje que os estudos QUEER se voltam a cultura pop e seus produtos. Ao aplicar este tipo de estudo para produtos culturais baseados na hegemonia heterossexual, como os que foram selecionados para esta tese, à luz de autores como Jack Halberstam, Paul B. Preciado e Virginie Despentes para a construção das discussões de sexualidades e Maureen Murdock e Scott McCloud sobre narrativas e mídias, além de outras e outros, pretendemos ampliar as discussões sobre representações das masculinidades, especialmente as homossexuais, e representatividade nas obras de cultura de massa, dando uma compreensão de como se repetem as estruturas de poder nestas obras de ficção e problematizando questões que não apareceriam numa primeira análise mas que se apresentam enraizados na cultura ocidental |