Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
BLANCHART, Adriana Ledezma |
Orientador(a): |
MAIZZA, Fabiana |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Antropologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/49983
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Resumo: |
Este trabalho tem por objetivo explorar as relações de gênero e as vivências sexo-afetivas de mulheres heterossexuais, brancas e de classe média do Brasil. Os conceitos de gênero e sexualidade são considerados desde uma perspectiva feminista. Essas categorias representam pilares centrais nas conceitualizações da subordinação das mulheres no Ocidente. Sua premissa fundamental é que tanto o gênero quanto a sexualidade são configurações históricas específicas constituídas nos marcos culturais das sociedades em que elas se desenvolvem. Os trabalhos de Butler e De Lauretis reformularam estas premissas procurando superar uma noção fixa da identidade. Suas formulações enfatizam o caráter dinâmico da subjetividade engendrada, considerando-a um processo contínuo entre a dimensão discursiva e a dimensão prática dos sujeitos sociais. Nesse sentido, as narrativas feministas são também consideradas como parte dos discursos, configurando a categoria “mulher” na atualidade. Partindo desses pressupostos, a pesquisa adentra o universo de 6 mulheres brasileiras. Por meio de suas narrativas, aprofunda-se na interação entre as experiências de gênero e sexualidade e como tais experiências são significadas. O trabalho revisita as transformações resultantes da revolução sexual e de como essas mudanças culturais são vivenciadas pelas mulheres hoje em dia. A partir dessa exploração, é possível constatar que as vivências de gênero e sexualidade são negociações complexas, dinâmicas e constantes, nas quais, por vezes, as normas são reiteradas ou deslocadas e ressignificadas, sem que isso tenha necessariamente efeitos de transformação. Explorando os relatos, podemos reconsiderar que, hoje em dia, para uma certa classe média branca brasileira, é “normal” que as mulheres: alternem períodos de sexo heterossexual fora do relacionamento e sexo heterossexual em relações monogâmicas baseadas exclusivamente no amor e/ou no prazer; que casem-se por amor; que tenham relações sexuais, no matrimônio, baseadas no princípio do prazer (e não na reprodução); que a reprodução seja uma possibilidade dependendo de fatores como equidade em tarefas domésticas e estabilidade econômica; que a insatisfação sexual seja motivo de separação, e que essas características sejam procuradas constantemente em novos relacionamentos. |