O caderno rosa da criança viada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Lorenzetti Neto, Hugo
Orientador(a): Leite, Carlos Augusto Bonifácio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/246510
Resumo: Como num caderno – um scrapbook –, O caderno rosa da criança viada é um conjunto de textos de variados gêneros que coloca a criança viada no centro da fruição e da interpretação de estímulos artísticos como cinema, literatura, fotografia, música, artes visuais e de performance. Esses estímulos são o início da escrita dos diversos gêneros aqui apresentados: ensaios, desenhos, poemas, capítulos do romance desejado, performances e happenings, cartas. O percurso dos textos é um caminho discursivo que segue a direção da dignidade revolucionária da figura do menino afeminado – a criança viada. O ponto de partida é a posição de excluído e vítima de colegas crianças e adultos despreparados, dos sistemas de análise psicológica hegemônicos no sistema educacional. Busca-se na produção cultural queer – ou na fruição queer de obras de arte e objetos de cultura – do final do século XX as formas como essa “vítima” se insinua e se vinga, para emergir em posição digna e revolucionária. Símbolos como o balé, a rosa e a cor de rosa, o carnaval, a criança ou o jovem monstruosos dos filmes de terror são acessados para reelaborar essa personagem por meio de uma escrita que se vale de associações livres e conexões não normalmente previstas entre universos de cultura aparentemente distantes, e que pretende elaborar as relações de modo a planejar lacunas e não-ditos que estimulem a participação do leitor na mediação dos conteúdos – procedimento baseado naquele aplicado pela escrita de Walter Benjamin, em especial nas obras Rua de mão única e Infância berlinense.