Análise de conteúdo informatizada aplicada ao texto literário: um estudo de "O Cortiço", de Aluísio Azevedo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Ferreira, Priscilla Vicente
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Centro de Educação - CEDUC
Brasil
UEPB
Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLI
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/2530
Resumo: Caracterizada como uma literatura bastarda por parte da crítica tradicional, o Naturalismo permanece até hoje em posição inferior dentre as escolas literárias. Com poucos estudos brasileiros sobre a estética e com opiniões compartilhadas no que toca à imitação de Zola, à pornografia e às mazelas sociais, ao Naturalismo cabe a constante dependência ao Realismo e raros elogios sobre seus estudos de quadros coletivos, tanto no romance quanto no drama. Em razão disto, este trabalho propõe-se a inventariar a crítica canônica frente à estética zoliana, apontando opiniões condicionadas e contradições por parte de um mesmo autor, com o intuito de iniciar uma discussão sobre a necessidade de novos estudos sobre o movimento literário. No Brasil, O Cortiço é a única obra de cunho naturalista bem aceita pela crítica, devido ao seu tom de denúncia social e à verossimilhança com que Aluísio Azevedo retratou o cenário sociocultural do fim dos oitocentos. Assim, são inventariadas as possíveis referências espaciais, urbanas e sociais, observadas para a reprodução do romance. Em meio às políticas higienistas contra cortiços e casas de cômodos, Aluísio Azevedo viveu nestas habitações e frequentou estabelecimentos cujos fregueses pertenciam à classe proletária. Destes espaços destinados à pobreza fez seu laboratório, elaborando sua obra máxima. A partir da prioridade dada ao espaço da narrativa, em O Cortiço, e da configuração de um ―Brasil em miniatura‖, proposta por Candido (2004), resultados obtidos através de uma análise de conteúdo informatizada são apresentados, revelando as relações interpessoais e espaciais de personagens e do cortiço em si. Para tanto, o experimento contou com a utilização do ALCESTE, um software desenvolvido por Max Reinert (1990, 2000), que analisa dados textuais, como os de entrevistas, jornais, revistas, músicas e obras literárias. Em se tratando de uma análise literária brasileira, o ALCESTE é utilizado pela primeira vez.