Espaços homossociais e a representação do sujeito homoerótico em Bom-Crioulo e o Ateneu

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Correia, Romualdo dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Literatura e Estudos Interculturais
BR
UEPB
Mestrado em Literatura e Interculturalidade - MLI
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/1765
Resumo: Ao longo desta pesquisa, tratamos de analisar a representação do homoerotismo em espaços homossociais a partir da análise dos romances naturalistas Bom-Crioulo (1895), de Adolfo Caminha, e O Ateneu (1888), de Raul Pompéia. Apoiados em referenciais teóricos dos estudos de gênero, dos trabalhos genealógicos e históricos de Foucault, Naphy (2006), entre outros; e de conceitos sociológicos dos estudos gays, de contribuições psicanalistas, psicológicas e fenomenologistas analisamos as representações de identidades homoafetivas no contexto naturalista que elevaram a temática do homossexualismo ao cerne ficcional de fins do século XIX, e contribuíram, sobremaneira, para os estudos literários como referencial dos estudos gays. A partir do conceito de homossociabilidade e espaços homossociais, trouxemos para esta análise alguns questionamentos sobre a figuração de identidades gays nos romances, cujas prerrogativas naturalistas elevaram-nas à condição de determinismo biológico e social. Chegamos ao fim desta pesquisa conscientes de que a identidade gay, nos romances, é construída através do convívio homossocial alicerçado nas relações de poder e proteção, atreladas ao desejo homoerótico na construção da masculinidade dentro de uma lógica determinista, mas que também se molda pelo modelo grego da pederastia enquanto representação de uma identidade transitória.