A voz angolana nos contos de Boaventura Cardoso : configuração da memória ancestral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Barros, Maria Aparecida de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/13032
Resumo: Resumo: A presente tese objetiva estudar as obras de contos do escritor angolano Boaventura Cardoso, respectivamente, Dizanga dia Muenhu, O fogo da fala (exercícios de estilo) e A morte do velho Kipacaça, que contextualizam narrativas antecedentes à independência de Angola, ocorrida em 11 de novembro de 1975, após quase quinhentos anos de colonização luso-europeia Saltam das páginas estéticas, dramas substanciados na violência desferida pelo colonizador ao colonizado, que luta tenazmente, utilizando-se da palavra e corpo, como forma de resistência ao sistema capitalista Outro dado de resistência, reservado nas coletâneas, refere-se ao universo da religiosidade, substância valorativa para recomposição do homem negro banto e da própria nação angolana Ao apanhar ambos os assuntos do contexto histórico e transformá-los em produto artístico, há relevo à questão identitária, pois o autor recompõe as histórias recorrendo ao idioma do colonizador, fincando nestes caracteres uma das línguas nacionais de Angola: o quimbundo, utilizado pelo grupo etnolinguístico banto Nestes termos, defendemos a hipótese de que a arte de Boaventura Cardoso apresenta compromisso político na esperança de emancipação de Angola, símbolo de reedificação da identidade nacional, aceso por meio da voz coletiva e memória ancestral