Cinema de propaganda nazista : análise dos filmes O eterno judeu e Judeu Süss (1940)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Deliberador, Raquel de Medeiros
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/16740
Resumo: Resumo: Um discurso pode ser legitimado por meio de diversas produções que o reforcem Este trabalho busca compreender de que forma a propaganda nazista se estrutura e consolida através de suas produções cinematográficas, baseando-se na análise dos filmes O Eterno Judeu (de 194), dirigido por Fritz Hippler, e Judeu Süss (de 194), do diretor Veit Harlan Nas análises, consideramos os filmes a partir de seu contexto de produção, bem como suas relações e interrelações no âmbito político, social e cultural, pois os filmes e seu discurso não estão isolados do domínio cultural e dos “discursos comuns” Portanto, estas produções se reforçam entre si e colaboram para legitimar o governo e a propaganda nazista Com os aspectos externos e interrelacionais parte-se para uma análise interna de cada uma das obras, considerando as especificidades da linguagem cinematográfica O primeiro filme possui características de um documentário clássico, que pedagogicamente apresenta os judeus, os guetos onde vivem, sua vida pública, privada e religiosa Alertando sobre suas táticas e intenções de dominação mundial, é traçada uma essência do judeu, caricata e grotesca O segundo é ficcional e segue a linha, defendida por Goebbels, de que o cinema de propaganda deveria ser subjetivo Deste modo, Judeu Süss tem como trama a história de Süss, um homem que é dominado por suas ambições e desejos Ambos os filmes apresentam o mesmo discurso antissemita e hitlerista - o primeiro de forma explícita, repetitiva, e doutrinária, consagrando-se como a mais brutal obra antissemita, mas, ao mesmo tempo, um dos maiores fracassos do cinema nazista ao gosto do público comum E o segundo, Judeu Süss, de forma mais implícita, conquistando amplo público e tornando-se um sucesso de bilheteria