Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Pinheiro, Thiago Ferreira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.uel.br/handle/123456789/18611
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Resumo: |
A temperatura é uma condição que interfere no desenvolvimento de organismos, incluindo as diatomáceas. Este grupo de algas apresenta grande importância ecológica nos em ambientes aquáticos, A resposta dessas comunidades às variações de temperatura ainda é pouco estudada e, quando se trata de ambientes aquáticos tropicais é considerada totalmente desconhecida. Esse contexto se torna ainda mais sério quando experenciamos a degradação cada vez mais associada de ambientes tropicais e quando estudos apontam cenários futuros relacionados a mudanças climáticas e alterações de temperatura globais, afetando significativamente a biodiversidade das diatomáceas. Logo, é necessário compreender a estruturação dessa comunidade em resposta às variações de temperatura em ambientes tropicais e altamente degradados, como a Mata Atlântica. Com isso, o presente estudo buscou diagnosticar o efeito do aumento da temperatura sobre o estabelecimento e desenvolvimento de comunidades de diatomáceas em ambientes da Mata Atlântica, testando a hipótese de que o aumento da temperatura influencia na estruturação das comunidades de diatomáceas na Mata Atlântica. O delineamento experimental ocorreu com a instalação de três tratamentos de temperatura (28 °C, 30 °C e 32 °C), em um dos tanques do LEACEN-UEL. Utilizamos lâminas como substrato artificial para a análise do processo de colonização de diatomáceas perifíticas. As amostras foram coletadas a cada 4 dias e passaram por processos de raspagem, fixação em solução de Transeau, lavagens com água destilada, oxidação, triagem, fotografia e contagem em microscópio ótico, sendo medidas e identificadas. Os parâmetros abióticos, como nutrientes e parâmetros físico-químicos da água do tanque e dos tratamentos, foram aferidos. O processo de estruturação da comunidade de diatomáceas foi analisado através de atributos da comunidade. Foram registradas 40 espécies de diatomáceas durante o período do experimento. D. confervacea, G. lagenula, N. amphibia, A. tropicocatenatum e F. capucina foram as espécies mais abundantes, sendo as duas últimas as mais representativas. Os valores de abundância relativa de ambas foram inversamente proporcionais indicando coexistência, concorrência por espaço e recursos em águas oligotróficas do tanque. Para os valores de clorofila a, não houve uma forte relação entre a abundância das espécies representativas nos tratamentos e seus valores, sugerindo que outros grupos de algas possam estar relacionados às concentrações de clorofila a observadas. Não foram encontradas diferenças significativas entre as variáveis físico-químicas da água nos diferentes tratamentos. Portanto, a temperatura emerge como o principal parâmetro, permitindo avaliar com maior acuracidade sua interferência na estrutura das comunidades dos grupos algais estudados. As temperaturas mais baixas favoreceram a coexistência de diferentes espécies de diatomáceas, resultando em uma comunidade mais rica, diversa e equitativa. Por outro lado, as temperaturas mais elevadas influenciaram ter influenciado negativamente, diminuindo a diversidade e aumentando a uniformidade da comunidade, além de promover o domínio de algumas espécies mais adaptadas às condições térmicas mais elevadas. |