Noções de atenção à saúde mental na infância : problematizações do trabalho do psicólogo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Bonatti, Graziela Lastória
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/17942
Resumo: Esta dissertação buscou desvelar as noções de atenção à saúde mental voltada para a infância no Brasil. Para tanto, identificou como configura-se a atuação do psicólogo no dispositivo de saúde mental, o Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (CAPSi), e como o psicólogo compreende a sua atuação com o público infantojuvenil. O caminho da pesquisa foi desenvolvido seguindo duas etapas: a primeira por meio de uma pesquisa documental e a segunda através de uma pesquisa bibliográfica. A pesquisa documental envolveu a busca em livros, leis, normas, e demais materiais envolvendo o tema. Desta forma, mostrou o momento em que a infância passou a ser reconhecida como etapa distinta da vida adulta, o período em que os direitos da criança foram legitimados, bem como quando os direitos das pessoas com transtornos mentais foram sancionados, estabelecendo a necessidade de uma atenção psicossocial, incluindo a atenção voltada para a saúde mental infantojuvenil. A pesquisa bibliográfica realizada por meio do levantamento de dados nas plataformas Scielo, Pepsic e BTD, analisou por meio dos 45 estudos levantados os seguintes pontos: há uma tendência à falta de compreensão da rede de saúde acerca de quais são as demandas destinadas aos CAPSi, visto que, realizam encaminhamentos equivocados à estes dispositivos. No geral, os psicólogos reconhecem a infância como uma etapa distinta da vida adulta e que precisam de cuidados específicos. Compreendem o papel que apresentam no acolhimento, na escuta e na atenção à situação de crises desta população. No entanto, apresentam dificuldades em realizar a articulação do apoio matricial com as equipes da atenção básica. Por meio dos resultados, temos que os psicólogos reconhecem as suas formas de atuação no CAPSi, dentre elas: o trabalho com grupos terapêuticos, oficinas terapêuticas, acolhida noturna, apoio matricial, grupos GAM. Ademais, identificam o seu papel na desconstrução de preconceitos e conceitos, na intersetorialidade com as escolas, na ambiência e ambientoterapia dos serviços e na escuta individual nos ambulatórios de saúde mental infantil. Conclui-se por meio do percurso analisado que a atenção à saúde mental infantil está em construção e apresenta fragilidades. Pontua-se que apesar da tendência à retomada de paradigmas psiquiátricos, o psicólogo tem caminhado no sentido de construir uma noção de saúde mental infantil voltada para a atenção psicossocial.