Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Souza, Camila Torres de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.uel.br/handle/123456789/17759
|
Resumo: |
Este trabalho apresenta a dimensão das relações de poder no bojo da ditadura militar no Brasil, dos anos iniciais após o golpe até o acirramento do regime, sobretudo com a decretação do Ato Institucional nº. 5 (AI-5), momento em que se tem a efetivação das arbitrariedades. Esta pesquisa situa os aspectos de controle que as Forças Armadas exerceram sobre a organização do Estado com sua presença ostensiva na cena política, a saber, a justificativa ideológica para o golpe militar de 1964 foi encontrada na Doutrina de Segurança Nacional e Desenvolvimento, ministrada pela Escola Superior de Guerra (ESG). Nesse ínterim, o problema sociológico é pensar como a lógica do autoritarismo vai se redefinindo, bem como os procedimentos sociais e políticos, antes e depois do AI-5, especificamente na atuação de um órgão da grande imprensa. Como procedimento metodológico utilizamos a análise documental de editoriais do jornal O Estado de S. Paulo do período (1964-1970) para denotar sua postura, tanto com relação ao apoio dado na ocasião do golpe militar, quanto ao processo de submissão crescente com a promulgação da Constituição de 1967, 'escoltada' pela Lei de Segurança Nacional. Para tanto, torna-se importante conhecer os desdobramentos na relação de poder e influências da ESG em seu principal norteador do pensamento à época, sua Doutrina Básica, que designava um posicionamento político do modo como o Estado deveria ser gerido, ou seja, teria um modelo proposto pela Doutrina com o qual seria possível governar. Como decorrência deste processo tem-se o cerceamento das liberdades de organização, opinião e expressão, minimizadas a cada novo ato institucional publicado, o que será sentido em muitas esferas da vida social, dentre as quais, os meios de comunicação de massa e, por conseguinte, o referido periódico. Percebeu-se um descontentamento pontual do periódico em alguns momentos específicos do governo Costa e Silva, por exemplo, o que não o faz, necessariamente, mudar sua postura de louvação às ações dos militares, nem tampouco criticar o encadeamento das consequências para outras esferas da vida social. |