Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
José, Isadora Camerlingo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.uel.br/handle/123456789/18604
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Resumo: |
Introdução: O transplante de córnea é indicação imprescindível para tratamento em diversas doenças oculares e, para sua realização, é necessária a doação, processamento e distribuição do tecido corneano. Para segurança dos receptores, incluem-se na análise do doador as sorologias para hepatite B (HbsAg, anti-HBc), hepatite C (anti-HCV), HIV (anti-HIV 1 e 2) e HTLV (anti-HTLV I e II), e a partir de 2020, com a pandemia pelo Coronavírus, foi incluído o RT-PCR para COVID-19. Objetivo: Determinar, através da análise de RT-PCR para COVID-19 e demais sorologias dos doadores de córnea que foram descartados por exame positivo na área de abrangência do Banco de Olhos de Londrina, o impacto da pandemia por COVID-19 e o perfil sorológico de descarte nas doações. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional, retrospectivo, envolvendo 776 doadores e seus resultados de sorologias e RT-PCR processados no Hospital Universitário de Londrina de maio de 2020 até maio de 2022, além da análise do número de doações e aproveitamento do tecido corneano ao longo dos anos de atuação do Banco de Olhos de Londrina. Resultados: A idade média foi de 53,14 anos, 332 (43%) do sexo feminino e 444 (57%) do sexo masculino; 15,76% dos doadores tiveram exame positivo do anticorpo anti-HBc; 0,65% positivo para o antígeno HBsAg; 1,03% positivo para anticorpo HCV; 0,52% positiva para HIV e HTLV. O RT-PCR positivo para SarsCoV-2 foi detectado em 2,7%. Os idosos apresentaram 2,6 vezes mais positividade para SarsCov-2 (IC 95% 1,06-6,34) e 3 vezes mais positividade no Anti-HBc (IC95% 1,95-4,41) em relação aos jovens. Observou-se também redução de 75,2% nas doações de córnea com o advento da pandemia no ano de 2020 em relação a 2019, acompanhado no aumento de 5% do aproveitamento do tecido, o que pode estar associado à eficácia da triagem dos potenciais doadores durante esse período. Conclusão: A pandemia impactou profundamente o número de transplantes de córnea no mundo, no Brasil e no Banco de Olhos de Londrina devido à queda significativa das doações naquele período. A hepatite B foi a principal causa observada de descarte de córnea por sorologia positiva encontrada em nosso estudo e também na literatura, portanto programas de prevenção e melhorias na abrangência da vacinação devem ser considerados. Rigorosa legislação, triagem sorológica e processamento do tecido doado são essenciais para excluir potenciais fontes de infecção e manter a segurança no processo. |